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  • Marcelo Santos is a Full Professor at Casper Líbero College, where he teaches in the Graduate Program in Communicati... more edit
  • Frederik Stjernfelt, John M. Kennedy, Lucia Santaellaedit
Primeira seção do ensaio "A doxa da atividade na internet revelada como interpassividade: notas sobre duas mitologias contemporâneas", publicado no volume "Roland Barthes: filósofo da Comunicação", Editora Intermeios (2017)
Research Interests:
Ao apropriar-se, fonética e graficamente, da fórmula da água (o legissígno simbólico H2O), a marca de refrigerantes H2OH! adotou uma estratégia semiótica peculiar: deslocou um signo predominantemente de terceiridade para a... more
Ao apropriar-se, fonética e graficamente, da fórmula da água (o legissígno simbólico
H2O), a marca de refrigerantes H2OH! adotou uma estratégia semiótica peculiar: deslocou
um signo predominantemente de terceiridade para a primeiridade, habilitando-o a gerar,
preferencialmente, interpretantes na esfera qualitativa-sugestiva. Neste trabalho, fazemos a
análise semiótica da marca grafada no rótulo da bebida, com enfoque nos interpretantes da
divisão dos signos em dez tricotomias.
Research Interests:
Resumo Este é o primeiro resultado de uma pesquisa em curso iniciada este ano pelos autores, no Centro de Pesquisa Interdisciplinar de Pesquisa – CIP – da Faculdade Cásper Líbero. Nosso objetivo é o de investigar se é pertinente enquadrar... more
Resumo Este é o primeiro resultado de uma pesquisa em curso iniciada este ano pelos autores, no Centro de Pesquisa Interdisciplinar de Pesquisa – CIP – da Faculdade Cásper Líbero. Nosso objetivo é o de investigar se é pertinente enquadrar a Comunicação como uma área de pesquisa e conhecimento interdisciplinar. A metodologia adotada foi a de revisão de literatura. Os resultados obtidos parecem confirmar que as ciências da comunicação estão menos ligadas às ciências sociais e mais conectadas com a Área Interdisciplinar. Abstract This is the first result of an ongoing research initiated this year by the authors, at the Centre for Interdisciplinary Research of the Cásper Líbero Faculty. Our objective is to investigate if it is pertinent to frame Communication as an interdisciplinary area of research and knowledge. The methodology adopted was to review the literature. The results obtained seem to confirm that the communication sciences are less connected to the social sciences and more connected with the Interdisciplinary Area. Resumen Este es el primer resultado de una investigación en curso iniciada este año por los autores, en el Centro de Investigación Interdisciplinaria de la Facultad Cásper Líbero. Nuestro objetivo es investigar si es pertinente enmarcar la Comunicación como un área interdisciplinaria de investigación y conocimiento. La metodología adoptada fue revisar la literatura. Los resultados obtenidos parecen confirmar que las ciencias de la comunicación están menos conectadas con las ciencias sociales y más relacionadas con la pesquisa interdisciplinar
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Resumo: Neste artigo revisitamos a noção peirceana de ícone, a qual abarca as metáforas, hipoícones cujas similaridades com o objeto são estabelecidas por meio de um paralelismo com algo externo tanto ao signo quanto ao objeto. Para... more
Resumo: Neste artigo revisitamos a noção peirceana de ícone, a qual abarca as metáforas, hipoícones cujas similaridades com o objeto são estabelecidas por meio de um paralelismo com algo externo tanto ao signo quanto ao objeto. Para explorar o potencial heurístico dessa definição na perspectiva do método compreensi-vo, investigamos aqui a presença de signos predominantemente metafóricos, responsáveis por permitir a aproximação dialógica entre os distintos universos da Umbanda, religião nascida no Bra-sil e na qual interagem tradições cristãs, africanas e indígenas.

Palavras-chave: Comunicação, semiótica, a compreensão como método, Charles Sanders Peirce, umbanda.
Research Interests:
In this paper, we aim to connect Peircean semiotics to reception studies. Initially, we explore the notion of interpretation in Peirce, and then we highlight the importance of collateral information in such activity. As a result, we... more
In this paper, we aim to connect Peircean semiotics to reception studies. Initially, we explore the notion of interpretation in Peirce, and then we highlight the importance of collateral information in such activity. As a result, we underline the limits of the sign and the relevance of the receptor activity in the semiosis. Finally, we offer a methodological suggestion to connect, in the last phase of a semiotic analysis, the exploration of the communicative potential of the sign and quantitative or qualitative research.



Neste artigo, temos o objetivo de propor, para a semiótica peirceana, uma conexão com os estudos de recepção. Inicialmente, exploramos a noção de interpretação em Peirce, para depois evidenciar a importância da informação colateral em tal atividade. Assim, nós destacamos os limites do signo e a relevância da participação do receptor para a semiose. Ao final, trabalhamos a sugestão metodológica de se conectar, na última fase de uma análise semiótica, a exploração do potencial de comunicação do signo com pesquisas quantitativas ou qualitativas de recepção.
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Este artigo apresenta os primeiros resultados empíricos de projeto de pesquisa iniciado no ano de 2008, dedicado a investigar a produção de imagens por pessoas cegas. Há um duplo objetivo: de um lado, questionar certos cânones da... more
Este artigo apresenta os primeiros resultados empíricos de projeto de pesquisa iniciado no ano de 2008, dedicado a investigar a produção de imagens por pessoas cegas. Há um duplo objetivo: de um lado, questionar certos cânones da linguagem visual, evidenciando que vários dos seus princípios são apreendidos sem o auxílio da visão, não sendo, pois, exclusivamente característicos da visualidade; de outro lado, busca-se propor metodologias para a construção de imagens táteis, acessíveis bilateralmente a deficientes visuais e videntes. Os dados aqui exibidos foram gerados em estudo qualitativo realizado com um único sujeito cego. Este foi convidado a desenhar representações imagéticas, diagramáticas e metafóricas, interpretadas neste escrito com o auxílio da semiótica peirceana.
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Este escrito apresenta pela primeira vez parte dos resultados obtidos na minha pesquisa de mestrado, finalizada em 2008 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O motivo de postergar a publicação dos dados indicados foi o espaço... more
Este escrito apresenta pela primeira vez parte dos resultados obtidos na minha pesquisa de mestrado, finalizada em 2008 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O motivo de postergar a publicação dos dados indicados foi o espaço normalmente destinado aos artigos nas revistas científicas da área de Comunicação: usualmente, os textos não devem ultrapassar diminutos 35 mil caracteres. Isso implicaria em excluir elementos fundamentais ao entendimento do estudo realizado, a saber, entender como, privadas da visão e inseridas numa sociedade extremamente visual, mulheres cegas constroem a sua noção de autoimagem.
A oportunidade de divulgação proporcionada por este volume foi, portanto, extremamente bem-vinda. As páginas que seguem fazem breve explanação sobre as concepções culturais, médicas, cognitivas e psíquicas envolvendo pessoas cegas e com baixa visão para, logo depois, reportar estudo empírico desenvolvido com 36 mulheres, todas autodeclaradas cegas. Tal investigação, é de se dizer, priorizou os campos da produção, mediação e recepção de signos liados à construção da autoimagem nos sujeitos investigados, revelando, certa medida, as particularidades vivenciadas pelos que não enxergam e, paradoxalmente, habitam ambiente extremamente preso à visualidade. Aquilo que, anos de 1990, o filósofo Régis Debray nomeou videosfera, “período aberto pela técnica do audiovisual, em que a transmissão analógica e digital de dados, modelos e narrações se dá, principalmente, através da tela” (DEBRAY,1994, p.220).
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Audio description (AD) is the act of providing blind and low vision people with a sound translation of visual and audiovisual communication programs, such as TV shows, artworks, or operas. This activity was formalized in the 1980s in the... more
Audio description (AD) is the act of providing blind and low vision people with a sound translation of visual and audiovisual communication programs, such as TV shows, artworks, or operas. This activity was formalized in the 1980s in the United States, using the model: “describe what you see.” In this model, the audio describer, wielding the controversial banner of “objectivity,” offers a supposedly impartial - and to some extent protocolized - reading of what he/she observes. The American school prospered and spread around the world, becoming the standard for AD, even in Brazil. However, by recovering the best Tupinikin tradition of “trans-creation” or “re-creation,” defended by the concrete poets, we raise, at least for the visual arts, another methodological/experimental proposal: using sound poetry diagrams to perform AD, a process known as intersemiotic translation. It is widely believed that the sensitive layer, which is significant in the arts, is often lost in the technicality of standardized AD, and that diagrammatic constructions, can perhaps recover this dimension through sound signs that are intelligible but, above all, sensual. There is, as we explain, a certain aesthetic, ethical, and semiotic articulation that reinforces the proposal presented here.
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A audiodescrição (AD) consiste em fornecer a pessoas com cegueira e baixa visão a tradução sonora de processos comunicativos visuais e audiovisuais, como programas de TV, obras de artes plásticas ou ópera. Esta atividade se formalizou na... more
A audiodescrição (AD) consiste em fornecer a pessoas com cegueira e baixa visão a tradução sonora de processos comunicativos visuais e audiovisuais, como programas de TV, obras de artes plásticas ou ópera. Esta atividade se formalizou na década de 1980, nos Estados Unidos, a partir do modelo “descreva o que você vê”. Tal proposição, o audiodescritor, empunhando a controversa bandeira da “objetividade”, oferece leitura supostamente isenta - e em certa medida protocolar - sobre aquilo que observa. A escola americana prosperou e se disseminou pelo mundo, tornando-se o padrão da AD realizada, inclusive, no Brasil. Recuperando, contudo, a melhor tradição tupiniquim da “transcriação” ou “recriação”, defendida pelos poetas concretos, lançaremos, ao menos para as artes visuais, outra proposta metodológica/experimental: o uso de diagramas poéticos sonoros para a realização da AD, compreendida como tradução intersemiótica. Acredita-se que a camada sensível, tão cara às artes, é muitas vezes perdida no tecnicismo da AD normatizada, e que construções diagramáticas talvez possam recuperar esta dimensão através de signos sonoros inteligíveis mas, sobretudo, sensuais. Há, conforme explicamos, certa articulação estética, ética e semiótica que referenda a proposta aqui apresentada.
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Este artigo tem duplo propósito: caracterizar semioticamente os processos comunicativos dos sistemas perceptivos visual e tátil e, ao mesmo tempo, sugerir o entendimento do trabalho conjunto de tais sistemas no exame fenomenológico/... more
Este artigo tem duplo propósito: caracterizar semioticamente os processos comunicativos dos sistemas perceptivos visual e tátil e, ao mesmo tempo, sugerir o entendimento do trabalho conjunto de tais sistemas no exame fenomenológico/ crítico dos mais variados objetos. O referencial teórico adotado orbita, sobretudo, ao redor da filosofia peirceana em interface com as ciências cognitivas. Entre os resultados obtidos, destaca-se a hipótese de uma tendência dedutiva para a visão e certa predisposição indutiva para o tato, ambos os sistemas perceptivos/críticos conectados e complementares
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Resumo Neste ensaio, entendemos o gesto flusseriano de fabulação como uma escolha epistemológica, certa ação deliberada que converte a hipótese científica em um gênero singular: aquilo que nomeamos ficção filosófica. Ao propor esta... more
Resumo
Neste ensaio, entendemos o gesto flusseriano de fabulação como uma escolha epistemológica, certa ação
deliberada que converte a hipótese científica em um gênero singular: aquilo que nomeamos ficção
filosófica. Ao propor esta leitura, seguimos apenas o próprio Flusser e a sua concepção de que se a língua
é a realidade, a ciência é, senão, um aspecto da língua. Tal premissa, as ficções filosóficas flusserianas,
caso do Vampyroteuthis Infernalis, constituem mero exercício especulativo, para além de um atestado
sobre certa verdade adiabática das coisas. Nosso escrito é fundamentado por revisão crítica de literatura e
sugere o entendimento da filosofia ficcional como caminho para o exame heurístico não antinômico do
par sujeito/objeto.
Palavras-chave
Vilém Flusser; epistemologia; ficção filosófica
Abstract
In this essay, we understand the flusserian gesture of fable as an epistemological choice, a sort of
deliberate action that converts scientific hypothesis into a unique genre: what we name philosophical
fiction. By proposing this interpretation, we just follow Flusser himself, specifically his claim that
language is reality and, therefore, science is nothing but a feature of language. Following this premise, the
flusserian philosophical fictions, as the Vampyroteuthis Infernalis, are a mere speculative exercise,
unengaged with the adiabatic truth of things. Our work is based on literature review, and we aim to
suggest the interpretation of fictional philosophy as a heuristic process to free the pair
subjective/objective of its dichotomic assumption.
Keywords
Vilém Flusser; epistemology; philosophical fiction
Neste artigo, analisamos as duas versões do advergame Dilma Adventure, oficialmente integrado à campanha eleitoral do PT durante as eleições presidenciais de 2010. Conjugamos, como estratégia metodológica, análises narratológica e... more
Neste artigo, analisamos as duas versões do advergame Dilma Adventure,
oficialmente integrado à campanha eleitoral do PT durante as eleições presidenciais de
2010. Conjugamos, como estratégia metodológica, análises narratológica e ludológica.
Isso possibilitou-nos avaliar, ao mesmo tempo, enredo e elementos lógico-estruturais
do objeto indicado, entendendo como estas duas instâncias se relacionaram para a
construção daquele que, na ocasião, foi um produto inovador no marketing político
nacional.
Research Interests:
Amplamente difundida entre pesquisadores das Artes, Design ou da Psicologia, a doutrina criada por James J. Gibson para a compreensão das imagens é praticamente ignorada pelos comunicólogos brasileiros. Este trabalho investiga,... more
Amplamente difundida entre pesquisadores das Artes, Design ou da Psicologia, a doutrina criada por James J. Gibson para a compreensão das imagens é praticamente ignorada pelos comunicólogos brasileiros. Este trabalho investiga, exatamente, a possível contribuição da obra gibsoniana para o estudo das comunicações visuais. Inicialmente, são expostas as bases da Ecologia Perceptiva para, logo depois, se introduzirem as últimas formulações elaboradas por Gibson sobre a visualidade, associada, concepções derradeiras, a termos como “armazenamento”, “registro”, “comunicação” e “convenção”.
Research Interests:
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It is not difficult to find in studies of visual communication reference to Gestalt authors, notably Donis A. Dondis and Rudolf Arnheim. In this article, the goethean foundations that underlie gestalt thinking are investigated. The... more
It is not difficult to find in studies of visual communication reference to
Gestalt authors, notably Donis A. Dondis and Rudolf Arnheim. In this article, the
goethean foundations that underlie gestalt thinking are investigated. The aim is to
uncover that Gestalt approach is supported by scientifically unproven romantic
principles. For this reason, Gestalt has serious unsolved epistemological problems,
and should not be used as a methodology for the analysis of pictures.
"Da câmera fotográfica aos mais modernos telescópios e microscópios digitais: desde o século XIX, a visão tem sido ampliada por uma série de próteses técnicas, de modo contínuo e acelerado. Neste trabalho, o citado processo é conectado... more
"Da câmera fotográfica aos mais modernos telescópios e
microscópios digitais: desde o século XIX, a visão tem sido ampliada por uma série de próteses técnicas, de modo contínuo e acelerado. Neste trabalho, o citado processo é conectado ao desenvolvimento do capitalismo. Tentar-se-á demonstrar como cada transformação econômica-social cria as suas imagens, radiografias visuais de seu
tempo."
Some of the spatial properties of surfaces can be translated by touch as well as vision. Both blind and sighted people can equally perceive corners and edges, their minds being equally capable of recognizing objects or arrangements of... more
Some of the spatial properties of surfaces can be translated by touch as well as vision. Both blind and sighted people can equally perceive corners and edges, their minds being equally capable of recognizing objects or arrangements of these. A fundamental difference, however, must be kept in mind: while most of the time the visual system readily homogenizes sensitive data through unity constructing, the haptic system usually “makes experiments” across time, which can be unified by a rule of interpretation only afterwards. Those are two different kinds of logic: visually knowing an object — or arrangement of objects — is to perceive it from general to particular, and tactilely knowing an object — or arrangement of objects — is to perceive it from particular to general. In this paper, with the theoretical background of Peircean semiotics, we address the issue of how touch (predominantly inductive) and vision (predominantly deductive) are complementary perceptual/critical senses that are ecologically connected. Such senses can be intersemiotically translated, as outline drawings demonstrate. A map produced for sighted and blind persons will be examined in an attempt to show how diagrammatical reasoning can be developed from predominantly deductive or inductive cognitive processes, and possibly share common representations for haptic and visual systems.
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Pensadores a exemplo de Andre Gorz (2005) falam sobre a existência, na contemporaneidade, de um capitalismo pós-industrial, constituído a partir da valoração dos capitais imateriais, como o conhecimento. Do ponto de vista produtivo, uma... more
Pensadores a exemplo de Andre Gorz (2005) falam sobre a existência, na contemporaneidade, de um capitalismo pós-industrial, constituído a partir da valoração dos capitais imateriais, como o conhecimento. Do ponto de vista produtivo, uma das transformações geradas por essa nova forma de produção é a troca do modelo fordista (série padronizada) pelo toyotista (flexível e diversificado), isto é, de produtos uniformes, massivos, por produtos específicos, endereçados aos gostos e necessidades de cada consumidor. A palavra de ordem no mercado, hoje, é a customização: como diz Wiersema (1996:14), as mercadorias de “tamanho único” estão com os dias contados. Esse cenário abre as portas para a introdução de um novo estilo de vida (Simmel, 1995 [1903]), pois as negociações entre as culturas coletiva e individual são redimensionadas: o subjetivo passa a ter poder no processo produtivo, agregando “sua cara” àquilo que irá consumir; é o produto que espelhará o seu consumidor, e não mais o contrário. Neste artigo, de maneira introdutória, analisaremos essa questão sob a perspectiva semiótica, tentando compreender, do ponto de vista da linguagem, o que acontece quando cada pessoa passa a ter o poder de, em alguma medida, personalizar os seus objetos de consumo.
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A marca de refrigerantes “H2OH!”, lançada no mercado brasileiro em 2006, através de uma parceria entre as empresas PepsiCo e AmBev, adotou um estratégia semiótica peculiar para representar o seu produto. Ao apropriar-se, fonética e... more
A marca de refrigerantes “H2OH!”, lançada no mercado brasileiro em 2006, através de uma parceria entre as empresas PepsiCo e AmBev, adotou um estratégia semiótica peculiar para representar o seu produto. Ao apropriar-se, fonética e graficamente, da fórmula da água, o legissígno-simbólico “H2O”, regra segundo a qual a união de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio produz o líquido conhecido como solvente universal, e não outro elemento, a marca em questão conseguiu deslocar um signo predominantemente de terceiridade para a primeiridade, habilitando-o a, preferencialmente, gerar interpretantes na esfera qualitativa-sugestiva.Isso foi feito, de um lado, pela incorporação de elementos gráficos como cores eformas e, de outro, pela agregação da interjeição “OH!”, a qual denota surpresa,alegria e desejo. Em tal processo, a palavra “H2OH!”, quase em homofonia e homografia com “H2O”, não perde a sua capacidade sígnica de representar água,mas ganha novos sentidos pela presença dos elementos verbo-visuais tipificados.Tais elementos, argumentamos, conduzem a um “deslizamento categorial semiótico”, e assim a uma nova interpretação, na qual o signo de terceiridade assume as facetas do sugestivo, gratificante e instintivo, ao invés de conduzir a uma interpretação relativa, usual, ou habitual, como poderíamos supor que seria própria deum símbolo. A partir desse estudo de caso, e no intento de compreender melhor o potencial interpretativo dos signos, em especial, dos símbolos, restringimos nossaanálise aos interpretantes e às relações que eles estabelecem com o signo e objeto.Para isso, adotamos a divisão dos signos em dez tricotomias, e os respectivos três interpretantes pertencentes a essa classificação: imediato, dinâmico e final. Trabalhamos, pois, com as seis tricotomias que envolvem esses interpretantes e quedizem respeito tanto aos interpretantes em si mesmos, quanto às relações que eles podem estabelecer com o signo, para demonstrarmos, assim, o modo pelo qual ocorre aquilo que nomeamos por “deslizamento de categoria”.

Palavras-chave: Deslizamento de categoria. Símbolo. Interpretante. Semiótica aplicada. Marca.
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Researchers from a wide variety of disciplines, such as philosophy, art, education or psychology, have over the years sustained the idea that blind persons are incapable or nearly incapable of formulating complex mental diagrammatic... more
Researchers from a wide variety of disciplines, such as philosophy, art, education or
psychology, have over the years sustained the idea that blind persons are incapable
or nearly incapable of formulating complex mental diagrammatic representations, which
are schema based on the similarities found within internal logical relations between sign
and object.

Contrary to this widely accepted opinion, we will present an alternative approach in this
paper: Our main idea is that blind and visually impaired people relying upon tact as a main
knowledge source are capable of diagrammatic reasoning very well, but use a different
method for this purpose, namely the method of inductive reasoning. Such method can
effectively provide the mind with the data necessary to the elaboration of mental maps.
Therefore, wayfinding as a semiotic process in which a route is planned and executed from
marks or navigation indexes, is also enabled by tact.
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O Umwelt não se constitui num movimento unilateral de entradas, ele também implica em saídas, modos pelos quais o organismo interage com o exterior e cria o seu próprio universo. Pensando-se na valoração que o visual adquiriu no mundo... more
O Umwelt não se constitui num movimento unilateral de
entradas, ele também implica em saídas, modos pelos quais o
organismo interage com o exterior e cria o seu próprio universo.
Pensando-se na valoração que o visual adquiriu no mundo
humano, especialmente a partir do século XIX com o advento
da fotografia, não fica difícil supor que hoje as informações –
sobretudo visuais –, processadas psíquica e neurologicamente,
sejam convertidas em modos de interação também imagéticos:
na qualidade de signo, de mediadora, a imagem será o código
mais inteligível e desejado quando contraposto aos demais. De
um lado, o sujeito é estimulado a fazer de tudo para roubar a
cena; do outro lado, há o desejo de tudo ver
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Do conceito a imagem: a cultura da mídia pós-Vilém Flusser
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