Folha de S. Paulo


Marina diz que n�o ir� revidar as agress�es que sofre de Dilma e A�cio

Em visita a Manaus e de passagem pelo Musa (Museu da Amaz�nia), a candidata � Presid�ncia pelo PSB, Marina Silva, criticou neste domingo (21) a pol�tica ambiental do governo federal e afirmou que n�o vai fazer contra Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB) as agress�es que ela sofre dos dois advers�rios.

"N�o faremos contra-ataque. Trabalhamos com a ideia da outra face. Eu tenho sido muito agredida, est�o dizendo que vou acabar com Bolsa Fam�lia e outros programas, mas isso � subestimar a intelig�ncia da sociedade [...] Jamais vou fazer com a presidente Dilma e o com o governador A�cio o que eles est�o fazendo conosco", disse.

Marina tamb�m voltou a dizer que n�o vai interromper, caso seja eleita, outros projetos como o Mais M�dicos e o Minha Casa, Minha Vida.

A candidata minimizou as recentes pesquisas de opini�o que apontam queda de seu desempenho e crescimento de A�cio. "A pesquisa reflete o momento. Estou muito feliz com o que est� acontecendo no Brasil, quebrando a polariza��o PT e PSDB."

Ela cobrou do governo federal posicionamento do Brasil em rela��o ao manifesto em defesa das florestas tropicais que ser� lan�ado nesta ter�a (23), na C�pula do Clima na ONU, em Nova York. At� o momento, o Brasil n�o aderiu oficialmente � convoca��o.

A cobran�a veio em forma de ato p�blico lan�ado em passagem pelo Musa, onde Marina recebeu o apoio de 16 entidades ambientais e indigenistas que atuam na regi�o amaz�nica.

"H� articula��es do mundo inteiro sobre o aquecimento global e das pol�ticas para o n�o favorecimento da produ��o de CO2 [...] O atual governo se omite em fazer parte do esfor�o global, recusando-se a assinar o documento de apoio � prote��o das florestas que ser� assinado por dezenas de pa�ses", disse Marina, ao lado de representantes locais do PSB.

Marina leu um ato p�blico de responsabilidade no enfrentamento das mudan�as clim�ticas, com t�picos que envolvem o combate ao desmatamento, a produ��o de energia el�trica renov�vel e reestrutura��o de �reas degradadas.

E fez cr�ticas � pol�tica ambiental de Dilma Rousseff, principalmente em rela��o � volta do crescimento do desmatamento na Amaz�nia verificado no ano passado.

"A atual presidente, a medir pelos retrocessos na agenda da conserva��o e desenvolvimento sustent�vel, sinaliza que, apesar de todas as evid�ncias cient�ficas, n�o acredita que as mudan�as clim�ticas sejam efetivamente um problema real", afirmou Marina.

"No seu governo, ela adotou medidas que nos fazem andar para tr�s. O desmatamento da Amaz�nia voltou a crescer ap�s quase dez anos de redu��o. E a cria��o de unidades de conserva��o no pa�s foi paralisada", disse.

MANAUS-PORTO VELHO

Marina sinalizou que � contr�ria � reforma da BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho (RO) e que possui pelo menos 400 km intransit�veis. A revitaliza��o da pista � reivindica��o antiga entre pol�ticos e industriais do Amazonas, que se queixam das dificuldades de log�stica na regi�o.

"A BR-319 at� hoje n�o provou que possui viabilidade econ�mica, social ou ambiental", disse Marina. "Um projeto tem que ter viabilidade social, econ�mica e ambiental. Qualquer projeto que n�o tenha fechado essa equa��o continuar� em estudo, ou em alguns casos n�o ser� feito."

Ap�s o evento, Marina passeou pelo Musa, gravou v�deos de campanha na mata e posou para fotos ao lado de uma �rvore centen�ria. � noite, Marina seguir� para um com�cio ainda em Manaus.


Endere�o da p�gina:

Links no texto: