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Este estudo visa a refletir sobre a capacidade da tecnologia moderna em reorganizar a historicidade, explorando o pensamento do filósofo Yuk Hui. Hui destaca a tecnodiversidade como um elemento crucial nos debates contemporâneos sobre... more
Este estudo visa a refletir sobre a capacidade da tecnologia moderna em reorganizar a historicidade, explorando o pensamento do filósofo Yuk Hui. Hui destaca a tecnodiversidade como um elemento crucial nos debates contemporâneos sobre técnica. Utilizando uma análise bibliográfica que integra as ideias de Hui com discussões da Filosofia da Técnica, este trabalho propõe a cosmotécnica como uma forma de abordar a memória, configurando-se, assim, uma cosmopolítica da memória. Este método de análise interdisciplinar proporciona uma compreensão ampliada da relação entre técnica, memória e diversidade tecnológica.
This paper seeks to investigate the historical imagination of Paul Gilroy, that concerns to aesthetic forms in which the historian build the past before explain it through conceptual instruments. Through the theory of the performativity... more
This paper seeks to investigate
the historical imagination of Paul Gilroy, that
concerns to aesthetic forms in which the
historian build the past before explain it
through conceptual instruments. Through
the theory of the performativity of the
figuration of the historical narrative,
proposed by Maria Inês La Greca, it analyzes
the narrative dispute involving the Gilroy’s
works articulated to racial political context in
United Kingdom in the second half of 20th
century. By this pragmatic perspective, it
seeks think the strategies of Gilroy in the
confront to british racism, that finished
influencing his concept of diaspora.
Throughout the text, wonders about which
narrative refigurations and textual
performances Gilroy realized and if it is
possible think a antiracist historiographic
practice in his work.
O presente artigo pretende refletir sobre as relações de tempo dentro do discurso pós-colonial, ao partir dos cenários de crise da historiografia e de suas vinculações com o Estado-nação moderno. Através de um diálogo constante com... more
O presente artigo pretende refletir sobre as relações de tempo dentro do discurso pós-colonial, ao partir dos cenários de crise da historiografia e de suas vinculações com o Estado-nação moderno. Através de um diálogo constante com François Hartog, procura-se pensar as categorias de memória, patrimônio, comemoração e identidade dentro das posições pós-coloniais, observando o que elas nos revelam sobre o tempo. Por fim, são apontados os perigos presentes em uma nova divisão entre sociedades com história e sociedades com cultura.
Research Interests:
RESUMO: Este artigo aborda a necessidade de questionar sobre o tempo na educação patrimonial, mais es-pecifi camente em museus que trabalham a memória, o patrimônio e a identidade negra com direcionamento político para as questões... more
RESUMO: Este artigo aborda a necessidade de questionar sobre o tempo na educação patrimonial, mais es-pecifi camente em museus que trabalham a memória, o patrimônio e a identidade negra com direcionamento político para as questões educacionais e militantes antirracistas. Assim, ele se desenvolve com referência sobre o projeto Territórios Negros: Afro-brasileiros em Porto Alegre, o trabalhando a partir de uma perspectiva diaspórica sobre a cultura, valorizando as relações transversais entre o patrimônio da cultura negra e o da cultura nacional. Por fi m, propõe que se trabalhe no projeto uma perspectiva de tempo semelhante a como Walter Benjamin pensou o tempo de agora, renomeado e reajustado para os interesses do projeto aqui como tempo da diáspora.

ABSTRACT: Th is article is about the need to question about the time in the heritage education, more specifically in museums that work with memory, heritage and black identity with political direction to educational issues and anti-racist activists. Th us, it is developed from the reference on the project Territórios Negros: Afro-brasileiros em Porto Alegre, working from a diasporic perspective about the culture, valuing the trans-versal relations between the black culture heritage and the national culture. Lastly, it proposes to work on the project a time perspective similar to the way Walter Benjamin thought the time of the now, renamed and readjusted to the project interests here as time of the diaspora.
Research Interests:
O presente texto visa apresentar alguns contornos de um conceito de história na obra de Paul Gilroy. Através de um relato biográfico, sugere-se que aplicar aos seus trabalhos métodos de leitura oriundos do campo da História da... more
O presente texto visa apresentar alguns contornos de um conceito de história na obra de Paul Gilroy. Através de um relato biográfico, sugere-se que aplicar aos seus trabalhos métodos de leitura oriundos do campo da História da Historiografia, principalmente as contribuições de Michel de Certeau e de Hayden White, pode ser um exercício útil na hora de pensar suas propostas a partir do ponto de vista da disciplina histórica. São analisados brevemente o lugar social de sua formação e as opções formais de seus textos, abordando-os em referência aos seus círculos de debates dentro e fora da academia
Research Interests:
Esta monografia apresenta um percurso etnográfico e teórico experimental realizado em 2022 na Associação Satélite Prontidão (ASP), um Clube Social Negro (CSN) centenário em Porto Alegre (RS), no Brasil. A partir do trabalho no Memorial... more
Esta monografia apresenta um percurso etnográfico e teórico experimental realizado
em 2022 na Associação Satélite Prontidão (ASP), um Clube Social Negro (CSN) centenário em
Porto Alegre (RS), no Brasil. A partir do trabalho no Memorial da ASP, onde foram idealizadas
as Oficinas de História e Memória Negra – 120 anos ASP, refletiu-se sobre a possibilidade da
Teoria da História dialogar com as histórias negras locais assegurando a autonomia
epistemológica. Com base na experiência etnográfica registrada em caderno de campo,
materiais derivados das Oficinas e em entrevistas com membros da ASP e colabores das
atividades em torno do Memorial, buscou-se sistematizar uma discussão teórica em diálogo
com os debates da História Pública e da Indisciplina. Ao todo, busca-se construir aqui uma
metodologia chamada de Poética da Historicidade, afirmando seu antagonismo com a
abordagem analítica disseminada nas teorias da Historiografia.
Esta dissertação propõe analisar a imaginação histórica de Paul Gilroy, um intelectual afro-britânico integrante da teoria pós-colonial. Submete-se sua obra à seguinte questão: como e por que Paul Gilroy escreve a história? A fim de... more
Esta dissertação propõe analisar a imaginação histórica de Paul Gilroy, um intelectual afro-britânico integrante da teoria pós-colonial. Submete-se sua obra à seguinte questão: como e por que Paul Gilroy escreve a história? A fim de respondê-la, aplica-se aos seus principais trabalhos instrumentos conceituais e metodológicos comuns ao campo da História da Historiografia, seguindo autores como Michel De Certeau e Hayden White, combinando-os com abordagens críticas que defendem a descolonização do conhecimento em humanidades, como aquelas apresentadas por Dipesh Chakrabarty, Mario Rufer, Achille Mbembe, entre outros. A partir desta combinação, este trabalho defende que uma perspectiva pragmática da narrativa histórica – seguindo a teoria da performatividade da figuração narrativa proposta por Maria Inês La Greca – pode auxiliar em leituras mais produtivas da teoria pós-colonial para a historiografia. Com isto, a imaginação histórica de Gilroy é analisada junto aos seus lugares sociais, onde estão as audiências com as quais ele compartilha as formas narrativas que utiliza para fornecer sentido às experiências históricas da diáspora africana – o tráfico, a escravidão e os regimes de terror racial.
O presente trabalho visa analisar a concepção do tempo histórico no livro O Atlântico negro de Paul Gilroy, buscando entender sua proposta de escrita da história negra. Focaremos no conceito de diáspora, que perpassa todo o trabalho de... more
O presente trabalho visa analisar a concepção do tempo histórico no livro O Atlântico negro de Paul Gilroy, buscando entender sua proposta de escrita da história negra. Focaremos no conceito de diáspora, que perpassa todo o trabalho de Gilroy. Para tanto, recorremos ao conceito de regime de historicidade de François Hartog e a apropriação que faz de outros dois conceitos de Reinhart Koselleck: o espaço de experiência e o horizonte de expectativa. Também investigamos o surgimento da crítica pós-colonial e os usos do conceito de diáspora nos estudos culturais britânicos como forma de contextualização de Gilroy, tentando estabelecer relações com a crise do regime moderno de historicidade e a ascensão do presentismo, as duas principais propostas de Hartog. Por fim, a partir de uma leitura temática sobre o tempo, pensamos a temporalidade da diáspora na brecha do tempo histórico, mediada pelas experiências de perda, exílio e desterritorialidade que fazem parte da história d‟O Atlântico negro.
Resenha do livro "A História no labirinto do presente: ensaios (in)disciplinados sobre teoria da história, história da historiografia e usos políticos do passado, de Arthur Lima de Ávila.