Skip to main content
Há inúmeros factos da História de Portugal que toda a gente conhece, mas há também muitos acontecimentos desconhecidos e envoltos em mistério. Pouca gente ouviu falar de uma rainha de Portugal chamada Mecía Lopes de Haro e muito menos do... more
Há inúmeros factos da História de Portugal que toda a gente conhece, mas há também muitos acontecimentos desconhecidos e envoltos em mistério.
Pouca gente ouviu falar de uma rainha de Portugal chamada Mecía Lopes de Haro e muito menos do facto de ela ter casado com um primo, perdido os seus direitos reais e ter sido raptada. Quantos sabem que existiu, até ao século xix, um microestado entre a Galiza e Trás-os-Montes, equiparável a Andorra? Ou que tivemos um rei incestuoso e bígamo, que por isso foi excomungado? E quem conhece a história dos cinco falsos D. Sebastião? Misteriosíssima foi também a chegada a Portugal de uma fera nunca vista, uma ganda, que o rei D. Manuel I juntou em duelo com um dos seus elefantes, antes de «a bicha monstruosa» acabar afogada em França e empalhada em Itália.

Na História de Portugal, há também, e poucos o sabem, espaço para um marinheiro valente, soldado destemido, cavaleiro terrível… que era uma mulher. Quem sabe que foi um português que criou o primeiro código de conduta para piratas? Que nos anos 1970 um navio português foi encontrado ao largo da costa de Moçambique sem nenhum dos seus 24 tripulantes? E que o fuzilamento do último português condenado à morte não foi noticiado pela imprensa? Ou ainda que um mercenário português conseguiu fundar o seu próprio reino na Ásia?

Episódios controversos, lendas e histórias reais: estes são alguns dos Grandes Mistérios da História de Portugal.
MARIANO, Fátima –  Leitura de «O que é feminismo?». Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher. Número 35, Ano 2016, pp. 217-220. ISSN 0874-6885.
Research Interests:
«The author wanted to answer three key questions: How was Guernica destroyed? By whom? And why? Over a period of eight years, Southworth consulted a considerable number of archives and read hundred of documents [...] looking for answers.... more
«The author wanted to answer three key questions: How was Guernica destroyed? By whom? And why? Over a period of eight years, Southworth consulted a considerable number of archives and read hundred of documents [...] looking for answers. However, he obtained documentar evidence suficiente only to answer the first two questions.» (pp. 123-124)
Research Interests:
Comunicação apresentada no dia 22 de Outubro de 2015 no III Congresso I República e Republicanismo que teve lugar na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, nos dias 22 e 23 de Outubro.
Research Interests:
Nos quatro anos que durou a 1.ª Guerra Mundial, entre 7500 a 800 militares e civis foram capturados pelas forças alemães dentro e fora do campo de batalha. Contudo, não existe ainda em Portugal um estudo profundo sobre estes homens e... more
Nos quatro anos que durou a 1.ª Guerra Mundial, entre 7500 a 800 militares e civis foram capturados pelas forças alemães dentro e fora do campo de batalha. Contudo, não existe ainda em Portugal um estudo profundo sobre estes homens e mulheres, uma lacuna na historiografia portuguesa que urge colmatar urgentemente.
Research Interests:
O provérbio utilizado no título desta comunicação – «O silêncio é o mais belo adorno de uma mulher» -, parte integrante do património cultural de vários países europeus, é o testemunho vivo de uma sociedade patriarcal que durante vários... more
O provérbio utilizado no título desta comunicação – «O silêncio é o mais belo adorno de uma mulher» -, parte integrante do património cultural de vários países europeus, é o testemunho vivo de uma sociedade patriarcal que durante vários séculos confinou as mulheres ao espaço doméstico, limitando a esfera da sua intervenção, silenciando-as. Também por isso, durante muito tempo a História – quase exclusivamente escrita por homens – ignorou o papel das mulheres ou remeteu a sua acção para um plano secundário, recusando-lhe o papel de actor principal. O que fez com que a própria construção dos arquivos e bibliotecas durante muito tempo dessem prevalência às fontes e documentação que testemunhassem a acção, individual e colectiva dos homens, obrigando os investigadores a ler nas estrelinhas “para a descoberta das histórias «não contadas»”, nesta caso, das mulheres, como lembra a historiadora Martha Ackelsberg. O crescente interesse dos investigadores pelas questões de género, a partir da década de 80, e o próprio desenvolvimento da ciência arquivística em Portugal levaram à descoberta e disponibilização de um conjunto crescente de fontes primárias que têm permitido construir não só uma História das Mulheres, mas reescrever a História da Humanidade na sua dualidade homem/mulher. Com esta comunicação propomos-nos apresentar um conjunto de arquivos e bibliotecas portuguesas onde existam colecções e espólios de mulheres e/ou associações femininas que nos permitam resgatar estas vozes do silêncio. Não será um roteiro fechado, até porque a sua identificação não é tarefa simples, mas uma proposta que tem como principais objectivos incentivar a comunidade académica a interessar-se pelas mulheres enquanto actores da História e suscitar o debate sobre a necessidade de serem disponibilizadas novas colecções e espólios ligados ao feminino.
Mais de sete mil portugueses passaram pelos campos de prisioneiros alemães durante a primeira guerra mundial. A maioria eram militares, grande parte deles capturados após a derrota na batalha de La Lys, a 9 de Abril de 1918, mas também se... more
Mais de sete mil portugueses passaram pelos campos de prisioneiros alemães durante a primeira guerra mundial. A maioria eram militares, grande parte deles capturados após a derrota na batalha de La Lys, a 9 de Abril de 1918, mas também se contavam algumas dezenas de civis. Em termos percentuais, Portugal foi dos países beligerantes com maior número de militares prisioneiros tendo em conta as forças empenhadas no terreno, mas terá sido também daqueles em que os poderes políticas aparentemente menos se empenharam para melhorar a sua sorte. Sobretudo após a entrada oficial de Portugal na guerra, multiplicaram-se nas páginas dos jornais as críticas dos familiares e da sociedade civil contra a falta de iniciativa dos poderes públicos para minorar o sofrimento dos milhares de portugueses que sobreviviam nos campos de concentração alemães. Nas memórias que até nós chegaram está igualmente espelhada a revolta dos prisioneiros pelo facto de não beneficiarem dos Acordos do Pão, assinados em 1916 entre as potências beligerantes, ou por não receberem a pré a que tinham direito, quando a fome e o frio dos militares estrangeiros que com eles conviviam eram mitigados na maioria das vezes pelos respectivos governos. Mas não eram só as convenções internacionais ou os acordos bilaterais que o governo português não respeitava. Os próprios decretos aprovados pelo Executivo não eram cumpridos, como, por exemplo, aquele que estabelecia o pagamento de subvenções de campanha às famílias dos prisioneiros para que estas pudessem enviar-lhes alimentos e agasalhos. Como defende Nuno Severiano Teixeira, “o prisioneiro é aquele que falhou do ponto de vista militar” e, por isso, “constrói-se um «não dito» sobre o cativeiro”. Mas a este silêncio das forças políticas não será também alheia a instabilidade política e a crise económica que a jovem República portuguesa enfrentava e que se agravaram durante o conflito. Nesta comunicação propomo-nos analisar o debate político e público em Portugal em torno desta questão e avançar com algumas hipóteses de explicação para esse esquecimento de que tanto se queixavam os prisioneiros e as famílias.
Com a entrada massiva das mulheres no mundo do trabalho em Portugal, fruto do desenvolvimento industrial, torna-se premente a defesa de leis que protejam as grávidas e as mães trabalhadoras. As mulheres operárias não podiam dar-se ao luxo... more
Com a entrada massiva das mulheres no mundo do trabalho em Portugal, fruto do desenvolvimento industrial, torna-se premente a defesa de leis que protejam as grávidas e as mães trabalhadoras. As mulheres operárias não podiam dar-se ao luxo de parar de trabalhar durante a gravidez – mesmo que a sua vida ou a do bebé estivessem em risco – nem depois de terem dado à luz. O seu salário, mesmo que baixo, era imprescindível para compor o orçamento familiar. Muitas vezes, era mesmo o único sustento da família, pelo que só um quadro legislativo que protegesse os seus direitos lhes permitiriam usufruir de um tempo de pausa na altura do parto ou de assistência à família sem correrem o risco de perder o salário ou mesmo o posto de trabalho.

O primeiro decreto que regulamenta o trabalho feminino data de 1891 (Decreto de 14/04/1891, Diário do Governo nº 88 de 22/04/1891) após quase 10 anos de debate sobre regulamentação do trabalho na indústria. A legislação obrigava à criação de creches a menos de 300 metros das fábricas que empregassem pelo menos 50 mulheres, mas eram poucos os empresários que cumpriam a lei nesta matéria. Por vezes, a única solução que a operária/mãe tinha era a de deixar o bebé aos cuidados de um filho mais velho.

Durante a fase final da Monarquia e na Primeira República foram publicados vários normativos sobre esta matéria, entre os quais o que obrigava os proprietários das fábricas e oficinas a contratarem um médico para acompanhar as trabalhadoras grávidas e recomendar moderação no trabalho ou mesmo a sua cessação, caso a saúde e o bem-estar da mulher ou do feto pudessem estar em risco. Seguir estes preceitos legais significava manter pelo mesmo preço uma operária que não produzia tanto quanto as demais. Por isso, muitas vezes, ao menor sinal de gravidez, as trabalhadoras eram dispensadas, acabando algumas por cair na mendicidade ou nas malhas da prostituição.
A denúncia era feita sobretudo nos jornais ligados ao operariado, mas também na imprensa feminista. A médica feminista Adelaide Cabete foi uma das mais acérrimas defensoras da protecção da trabalhadora grávida, invocando inclusive a sua importância para a regenerescência da raça. Mas não só. Vários médicos alertavam para o risco da manipulação de produtos químicos ou da posição a que muitas trabalhadoras eram obrigadas a ter durante as longuíssimas horas de trabalho, como era o caso das costureiras.

O decreto nº 14498, de 29 de Outubro de 1927, marca uma viragem em termos de políticas de protecção da trabalhadora grávida e à infância. Reconhecendo que a aplicação da legislação anterior «não foi brilhante» e que o recurso à mão-de-obra feminina resulta da necessidade de os industriais reduzirem os custos de produção, o documento reforça os períodos de descanso das grávidas e puérperas, remetendo para a Direcção-Geral de Saúde a execução e fiscalização da aplicação da lei.
Em Portugal, as primeiras associações claramente femininas surgem pelas mãos de mulheres ligadas ao movimento pacifista internacional. Primeiro, a Liga Portuguesa da Paz, fundada por Alice Pestana em 1899 e em nome da qual esteve presente... more
Em Portugal, as primeiras associações claramente femininas surgem pelas mãos de mulheres ligadas ao movimento pacifista internacional. Primeiro, a Liga Portuguesa da Paz, fundada por Alice Pestana em 1899 e em nome da qual esteve presente na primeira Conferência de Paz, em Haia. Mais tarde, em 1906, Adelaide Cabete estará na origem do comité português da associação La Paix et le Désarmement par le Femmes, criada por Sylvie Flammarion sete anos antes, em França.
Alice Pestana terá sido uma das precursoras do pacifismo em Portugal. No livro que publicou em 1898, “La Femme et la Paix”, a pedagoga insta as mulheres de todas as nações a fazerem “propaganda da ideia do desarmamento internacional” de modo a “suprimir os sofrimentos das vítimas de guerra, as lágrimas das mães e das viúvas”.
Nas duas agremiações acima referidas encontramos monárquicas e republicanas, mas serão estas últimas que estarão mais em força e darão posteriormente corpo à primeira vaga do movimento feminista português, como foram o caso, além dos nomes já citados, os de Beatriz Pinheiro, Domitila de Carvalho ou Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher a exercer o direito de voto na Península Ibérica.
Não será por mero acaso que, em 1906, surge no seio da Liga Portuguesa da Paz uma Secção Feminista, assumindo-se, assim, de forma vincada a relação da paz no mundo com a igualdade de direitos entre mulheres e homens. Embora, ao contrário do que sucedeu em Inglaterra, por exemplo, em Portugal não tenha havido um sério debate sobre a relação da paz com o sufrágio feminino.
Das mais destacada dirigentes feministas da época apenas Ana de Castro Osório, que mais tarde defenderá a entrada de Portugal na primeira Grande Guerra e a incorporação das mulheres no Exército, não integra este movimento pacifista, por não acreditar que no desarmamento do mundo pelas mulheres.
Embora em 1918, no livro “Em tempos de guerra” considere que “é precisamente neste momento em que a consciência humana se encontra perturbada por uma crise que é já impotente para dominar que nós, mulheres, temos o dever de preparar o futuro, com mais justiça do que os homens prepararam o presente”.
O que nos leva a acreditar que terão sido outros os motivos que a levaram a não integrar qualquer das duas associações. Terá sido por sua influência, e pelo maior envolvimento no movimento feminista republicano, que Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo pedem a demissão do cargo que ocupavam no comité português da associação La Paix et le Désarmement par les Femmes.
As duas associações pacifistas vão perdendo visibilidade à medida que o movimento feminista republicano começa a ganhar força, após a instauração da Primeira República, em Outubro de 1910, e a assumir como suas alguns dos argumentos e dos objectivos daquelas.
Com a entrada de Portugal na primeira Grande Guerra, a campanha em defesa dos direitos das mulheres fica para segundo plano, mas não esquecida. As mulheres portuguesas mobilizam-se para apoiar os militares mobilizados e as vítimas do conflicto e substituem os homens nas fábricas e no campo. Algumas, como as enfermeiras, são deslocadas para a frente de guerra, colocando a sua própria viva em risco.
From the 80s of the nineteen century, it began to appear in Portugal and Spain the first public demonstrations of feminist women. It was still a long way to the foundations of the feminist associations, petitions an meeting, however,... more
From the 80s of the nineteen century, it began to appear in Portugal and Spain the first public demonstrations of feminist women. It was still a long way to the foundations of  the feminist associations, petitions an meeting, however, feminists on both sides of the border have pooled efforts to obtain legislative changes to grant women the same civil, political and economic rights that men held. At the dawn of the 20th century, such contacts intensified. The correspondence between Portuguese and Spanish feminists becomes regular, like personal contacts and are founded the first Iberian feminist associations, such as Junta de Damas de La Unión Iberoamericana de Madrid and the Internacional League of Iberan and Hispanoamerican Women. However, the struggle for the feminist cause has developed at different rhythm in Portugal and Spain, which leads us to the question whether we can talk about Iberian feminism in this early period of the 20th century.
Once achieved peace between the belligerant countries, in November 1918, and the return of the Portuguese Expedicionary Corps soldiers who fought in Flandres – including the almost seven thousand who were taken prisoners by de germany... more
Once achieved peace between the belligerant countries, in November 1918, and the return of
the Portuguese Expedicionary Corps soldiers who fought in Flandres – including the almost
seven thousand who were taken prisoners by de germany Army ‐, it was time to portuguese
women return to their own battles. The battle for the dignity of the role of women in the
political, economic and social issues of the country.
Still in 1918, the Republican League of Portuguese Women (founded in 1909 by Ana de Castro
Osório) presents a petition to the Government, claiming it retricted vote rights to women over
25 who could read or greater than those over 21 years old that had high school or higher.
The women’s suffrage was outlawed in 1913, two years after the doctor Carolina Beatriz Ângelo
voted in the first elections held in the republican regime. This was the first woman of the
Iberian Peninsula to vote, but the electoral was reviewed two years after and it was then
decided that only males could vote.
Following the request of this organization, Jacinto Nunes presents a proposal in Parliament, in
March 1918, but this was refused. The Republican League of Portuguese Women would be
extinguished in the same years without its members seeing their desired realized.
However, in the post‐war period gained special relevance in this campaign to improve women’s
condition the activities of the Portuguese Nacional Council of Women (CNMP, in portuguese).
Founded in Lisboa on Apri 27, 1914, under the aegis of the International Council of Women, had
its first presidente Adelaide Cabete, gynecologist with a path already made in the fight for
women’s rights.
Unlike other portuguese female organizations, such as the Republican League of Portuguese
Women, CNMP was not committed partisan. If, in one hand had earned it praise from
international organizations, on other hand, made it more difficult to get support from
politicians. By presenting itself as a non‐partisan and non‐religious organization, CNMP wanted
to reached as many women as possible.
Through a wide range of iniciatives, women’s suffrage was again in the Parliament, twice, in
January 1920, but, once again, without success. In May 1923, Adelaide Cabete represented
Portugal in the International Feminist Congress of Rome, by appointment of the minister of
Foreign Afairs, where received the support of others feminist in this fight. However, only in the
30s, with the ditactorshiped installed, portuguese women could vote and be elected for the
first time.
Besides the issue of women’s suffrage, the CNMP gave special attention to women’s education
(the illiteracy rate was very high), the difficulties experienced by women workers and to
prostitution.
In addition to writing articles in the newspapers, participate in internacional conferences and
exchange correspondence with feminist from other countries, members of the CNMP managed
to mobilize the whole society and performed, in 1924 an 1928, the only two women's conferences held so farin Portugal.
MARIANO, Fátima –  «Memórias do cativeiro: a vida dos portugueses nos campos de  prisioneiros alemães». Portugal, 1914-1196. Da Paz à Guerra. Actas do XXIII Colóquio de História Militar. Lisboa: Comissão Portuguesa de História Militar,... more
MARIANO, Fátima –  «Memórias do cativeiro: a vida dos portugueses nos campos de  prisioneiros alemães». Portugal, 1914-1196. Da Paz à Guerra. Actas do XXIII Colóquio de História Militar. Lisboa: Comissão Portuguesa de História Militar, Outubro de 2015, pp. 653-670
Research Interests:
MARIANO, Fátima - «Prisioneiros: a face esquecida da guerra». In Revista Nação e Defesa, N.º 145, 2016, pp. 91-100
Research Interests:
A contribuição das mulheres portuguesas para o esforço de guerra durante o primeiro conflito mundial.
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Entrevista concedida a Ana Aranha, da Antena 1, autora do programa «Cem Mil Portugueses na Primeira Guerra»: http://www.rtp.pt/play/p3175/e274273/cem-mil-portugueses-na-primeira-guerra
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
As correntes pacifistas e antimilitaristas ganham especial visibilidade com a consolidação dos estados liberais a partir de meados do século XIX. Neste movimento internacional de luta contra a guerra enquanto instrumento político e de... more
As correntes pacifistas e antimilitaristas ganham especial visibilidade com a consolidação dos estados liberais a partir de meados do século XIX. Neste movimento internacional de luta contra a guerra enquanto instrumento político e de defesa da arbitragem como meio de resolução dos diferendos entre os povos encontramos várias vozes femininas, muitas delas associadas ao activismo feminista.
No âmbito da evocação dos 150 anos do nascimento da actriz e escritora portuguesa Mercedes Blasco, está a decorrer a Chamada para Trabalhos para o dossiê «Mulheres, palcos e letras» a publicar na revista HISTORIAE 2017 - N.º 3. Mais... more
No âmbito da evocação dos 150 anos do nascimento da actriz e escritora portuguesa Mercedes Blasco, está a decorrer a Chamada para Trabalhos para o dossiê «Mulheres, palcos e letras» a publicar na revista HISTORIAE 2017 - N.º 3. Mais informações aqui:
Research Interests:
Durante o século XX, milhares de militares e paramilitares portugueses foram feitos prisioneiros enquanto combatiam. Alguns viveram largos meses em cativeiro sujeitos a uma alimentação deficiente, a doenças, maus tratos e trabalhos... more
Durante o século XX, milhares de militares e paramilitares portugueses foram feitos prisioneiros enquanto combatiam. Alguns viveram largos meses em cativeiro sujeitos a uma alimentação deficiente, a doenças, maus tratos e trabalhos forçados, ao isolamento e ao esquecimento. Muitos morreram nos campos de prisioneiros, devido a doença, a ferimentos mal curados, por suicídio ou assassinados pelos seus carcereiros. Outros, nunca regressaram ao país por vontade própria ou por terem sido impedidos. De vários, nunca mais se conheceu o seu paradeiro.
Research Interests:
Há inúmeros factos da História de Portugal que toda a gente conhece, mas há também muitos acontecimentos desconhecidos e envoltos em mistério. Pouca gente ouviu falar de uma rainha de Portugal chamada Mecía Lopes de Haro e muito menos do... more
Há inúmeros factos da História de Portugal que toda a gente conhece, mas há também muitos acontecimentos desconhecidos e envoltos em mistério. Pouca gente ouviu falar de uma rainha de Portugal chamada Mecía Lopes de Haro e muito menos do facto de ela ter casado com um primo, perdido os seus direitos reais e ter sido raptada. Quantos sabem que existiu, até ao século xix, um microestado entre a Galiza e Trás-os-Montes, equiparável a Andorra? Ou que tivemos um rei incestuoso e bígamo, que por isso foi excomungado? E quem conhece a história dos cinco falsos D. Sebastião? Misteriosíssima foi também a chegada a Portugal de uma fera nunca vista, uma ganda, que o rei D. Manuel I juntou em duelo com um dos seus elefantes, antes de «a bicha monstruosa» acabar afogada em França e empalhada em Itália. Na História de Portugal, há também, e poucos o sabem, espaço para um marinheiro valente, soldado destemido, cavaleiro terrível… que era uma mulher. Quem sabe que foi um português que criou o primeiro código de conduta para piratas? Que nos anos 1970 um navio português foi encontrado ao largo da costa de Moçambique sem nenhum dos seus 24 tripulantes? E que o fuzilamento do último português condenado à morte não foi noticiado pela imprensa? Ou ainda que um mercenário português conseguiu fundar o seu próprio reino na Ásia? Episódios controversos, lendas e histórias reais: estes são alguns dos Grandes Mistérios da História de Portugal.
Resena de la obra de Manuel BRAGANCA y Peter TAME: The Long Aftermath. Cultural Legacies of Europe at War. 1936-2016, New York-Oxford, Berghahn Books, 2016, 388 pp., ISBN: 978-1-78238-153-2. A cargo de Fatima Mariano.
Nos anos de 1917 e 1918, sete mil militares do Corpo Expedicionário Português caíram nas mãos do exército alemão, a maioria, após a derrota na batalha de La Lys. Encaminhados para os campos de concentração na Alemanha, os prisioneiros... more
Nos anos de 1917 e 1918, sete mil militares do Corpo Expedicionário Português caíram nas mãos do exército alemão, a maioria, após a derrota na batalha de La Lys. Encaminhados para os campos de concentração na Alemanha, os prisioneiros queixavam-se do esquecimento a que os poderes políticos portugueses os tinha votado, da fome, do frio, da doença e da loucura. Um quadro sofrimento que não deixou a sociedade civil portuguesa ficar alheia. Surgiu a comissão de apoio e multiplicaram-se as acções de angariação de roupa e bens alimentares, muitas das quais de exclusiva responsabilidade de mulheres. Revista Militar 1 / 17 Os esquecidos da guerra: o apoio das mulheres aos prisioneiros da 1ª Guerra Mestre Fátima Mariano* Nos anos de 1917 e 1918, o Exército alemão terá feito prisioneiros mais de sete mil militares do Corpo Expedicionário Português (C.E.P.). Antes dessa data, há relatos que nos falam em portugueses civis também capturados pelas forças inimigas, embora não tenhamos encontrado i...
Research Interests: