Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
Sociedade e ambiente: direito e estado de exceção
Barreiras científicas: as desacertadas da biopolítica [Scientific Barriers: The Hits and Misses of Biopolitics]2018 •
pp. 256 - 279. O que cabe indagar, e será isso que se pretende realizar neste texto, é: Em que medida o interesse investido na categoria de biopolítica não esconde outros motivos estratégicos, sendo tecidos pelo próprio campo do direito, quanto se convence que a soberania popular está minada internamente por um equívoco de ordem lógica. Seria possível também expressar esta ideia da seguinte forma: De tão abrangente que o termo se tornou, e tão reduzido a objetivos legalísticos, será que a biopolítica não desvia, no final das contas, qualquer crítica radical do funcionamento do espaço jurídico, para iniciar simplesmente um outro ramo do discurso vanglorioso do direito? Esta indagação se levanta não apenas, e talvez nem principalmente, em decorrência da marginalização do tópico das relações de trabalho, de classe e do esquecimento da escravidão nas pós-democracias. Nossa indagação almeja ainda uma relação com a ciência, agora reduzida na sua teoria a uma técnica de exploração de facetas diferentes da vivência das pessoas jurídicas, cuja expressão mais melancólica é típica da obra de Agamben.
2013 •
RESUMO De acordo com a doutrina do ego puro defendida por Edmund Husserl (1859-1938) desde a segunda edição de suas Investigações Lógicas, o ego seria a fonte e o sujeito de todos os atos mentais. O ego puro, entidade autônoma e independente, seria responsável pela constituição de todos os objetos da consciência e permaneceria intocado mesmo após a redução fenomenológica. Emerge a partir daí o problema da constituição do ego transcendental. Para Aron Gurwitsch (1901-1973), este é um problema central. Para ele, a análise fenomenológica não revela um ego com o qual todos os atos mentais estariam vinculados, guiando-os livremente, do mesmo modo que não corrobora algumas das teses tradicionais da teoria da atenção, baseada nesta concepção do ego, principalmente aquela de acordo com a qual a direção do ego a um objeto não modificaria nada neste último. Estes problemas são reconsiderados pelo autor, ademais, a partir de uma interpretação fenomenológica da teoria da Gestalt. Com base nisso, busca-se apresentar as críticas de Gurwitsch à doutrina husserliana de um ego transcendental e as questões sobre a sua constituição. Em um primeiro momento, apresenta-se fenomenologia da temática, como elaborada por Gurwitsch em Fenomenologia da temática e do ego puro, e o modo como ela serve de fundamento para uma fenomenologia do ego puro. Em seguida, apresenta-se a posição de Gurwitsch a respeito do “ego puro”, tal como ela é concebida pelo autor na última seção de Fenomenologia da temática e do ego puro e tal como é desenvolvida em Uma concepção não-egológica da consciência. Tal posição é denominada pelo próprio autor de “concepção não-egológica da consciência” em contraposição à “concepção egológica da consciência” de Husserl. Alguns comentários críticos e novas possibilidades de pesquisa sobre a fenomenologia de Gurwitsch, especialmente a sua conexão com a “fenomenologia genética”, são apresentados ao fim. ABSTRACT According to the doctrine of the pure ego (or transcendental ego) defended by Edmund Husserl (1859-1938) since the second edition of his Logical Investigations, the ego would be the source and the subject of all mental acts. The pure ego, an autonomous and independent entity, would be responsible for constituting all of the objects of consciousness, and would remain untouched even after the phenomenological reduction. Emerge from there the problem of the constitution of the transcendental ego. For Aron Gurwitsch (1901-1973), this is a central problem. For him, the phenomenological analysis does not reveal a phenomenological ego with which all mental acts are related, guiding them freely, and also does not corroborates some of the thesis defended by the traditional theory of attention, which are based on this conception of the ego, especially that in accordance with which the direction of the ego to an object does not change anything in the latter. These problems are reconsidered by the author, moreover, from a phenomenological interpretation of Gestalt theory. Based on this, we seek to present Gurwitsch’s critics to the Husserlian doctrine of the transcendental ego and his questions about its constitution. At first, it will be presented the phenomenology of thematics as elaborated by Gurwitsch in his Phenomenology of thematics and of the pure ego. Then, it will be displayed Gurwitsch’s position about the “pure ego” as it is conceived by the author in the last section of Phenomenology of thematics and of the pure ego and developed in A non-egological conception of consciousness. This position is called by Gurwitsch of “non-egological conception of consciousness” in contradistinction to Husserl’s “egological conception of consciousness”. Some critical comments on Gurwitsch’s phenomenology, and also new possibilities of research, especially in connection with “genetic phenomenology”, are presented at the end.
SANTOS, Hernani Pereira dos. A teoria da intencionalidade nas obras de Husserl e de Gurwitsch: entre fenomenologia transcendental e Psicologia da Gestalt. 2015. 267f. Dissertação (Mestrado em Psicologia). – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Assis, 2015. Resumo: Nosso objetivo é analisar a teoria da intencionalidade de Edmund Husserl, tal como se encontra em seu texto de 1913, “Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica”, e, paralelamente, a teoria da intencionalidade de Aron Gurwitsch, formulada em sua tese de doutoramento, de 1929, intitulada “Fenomenologia da temática e do eu puro”. Destacamos, por um lado, o método utilizado pelos dois autores para estabelecerem as suas teorias e, por outro lado, os conteúdos específicos de cada uma delas. A pesquisa busca contribuir para a elucidação do papel de Husserl e de Gurwitsch na história da psicologia e da filosofia, para a clarificação das relações possíveis entre fenomenologia transcendental e psicologia empírica e para uma compreensão mais adequada da psicologia fenomenológica que pode ser desenvolvida a partir da teoria da intencionalidade e da fenomenologia constitutiva. O trabalho tem início com uma contextualização histórica e lógica da problemática relacionada aos conceitos de intencionalidade e de descrição psicológica, tendo como ponto de partida a obra de Franz Brentano. Na sequência, o primeiro capítulo apresenta a teoria da redução fenomenológica de Husserl e a sua motivação cartesiana. O segundo capítulo consiste em uma série de análises e descrições sobre a consciência pura e transcendental. O terceiro capítulo consiste em uma apresentação da hipótese de constância, de sua derrogação pela Psicologia da Gestalt e da analogia, feita por Gurwitsch, entre esta e a redução fenomenológica. O quarto capítulo consiste em uma apresentação dos aspectos estruturais da teoria da intencionalidade de Gurwitsch. O quinto capítulo lida com a teoria de Gurwitsch sobre a atenção. O sexto capítulo, por fim, apresenta os principais problemas que Gurwitsch enxerga na “concepção egológica da consciência” e as principais contribuições de sua “concepção não-egológica da consciência”. Nas considerações finais, sugerimos que nossa pesquisa pode ser interpretada como uma ilustração da tese de que fenomenologia transcendental e psicologia estão entrelaçadas entre si desde o início, apesar de possuírem tarefas cognitivas distintas. Consideramos as análises de Gurwitsch como um aprofundamento da fenomenologia constitutiva de Husserl e como uma via crítica e alternativa à via cartesiana adotada por este último em seu texto de 1913. Entendemos, com isso, que, por um lado, a psicologia possui um profundo valor epistemológico, desde que suas teorias sejam metodicamente e sistematicamente desenvolvidas, e que, por outro lado, o desenvolvimento metódico e sistemático das teorias psicológicas significa que determinados critérios devem ser satisfeitos e que nem toda teoria psicológica pode, per se, ter um desdobramento filosófico frutífero. Por fim, como o caminho percorrido por nossa pesquisa seguiu a direção das análises de Husserl e de Gurwitsch nos textos citados, passando-se da psicologia para a fenomenologia, da atitude natural à atitude fenomenológica, em um grau crescente de purificação, indicamos o caminho inverso como rota de pesquisa futura: a problemática a respeito de uma investigação detalhada da nova concepção de intencionalidade no interior da atitude natural, sobretudo em confronto com os problemas emergentes das pesquisas contemporâneas em psicologia e ciências cognitivas. SANTOS, Hernani Pereira dos. The theory of intentionality in the works of Husserl and Gurwitsch: between transcendental phenomenology and Gestalt Psychology. 2015. 267f. Dissertação (Mestrado em Psicologia). – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Assis, 2015. Abstract: Our goal is to analyze Edmund Husserl’s theory of intentionality, as found in his 1913 text, “Ideas Pertaining to a Pure Phenomenology and to a Phenomenological Philosophy”, and, in parallel, Aron Gurwitsch’s theory of intentionality, as formulated in his doctoral thesis, from 1929, entitled “Phenomenology of Thematics and of the Pure Ego”. We emphasize, on the one hand, the method used by the authors in order to establish their theories, and, on the other hand, the specific contents of each theory. The research aims to contribute to the elucidation of the role of Husserl and Gurwitsch in the history of psychology and philosophy, to the clarification of the possible relations between transcendental phenomenology and empirical psychology, and to provide a better understanding of phenomenological psychology, which can be developed from the theory of intentionality and from constitutive phenomenology. The dissertation begins with providing a historical and logical background for the problems related to the concepts of intentionality and psychological description, taking as depart the work of Franz Brentano. The first chapter introduces Husserl’s theory of phenomenological reduction and his Cartesian motivation. The second chapter consists of a series of analyzes and descriptions of pure and transcendental consciousness. The third chapter consists of a presentation of the constancy hypothesis, of its rejection by Gestalt psychology and, then, of the analogy made by Gurwitsch between this rejection and phenomenological reduction. The fourth chapter consists of a presentation of the structural aspects of Gurwitsch’s theory of intentionality. The fifth chapter deals with Gurwitsch’s theory of attention. Finally, the sixth chapter presents the main problems which Gurwitsch sees in the “egological conception of consciousness” and the main contributions of his “non-egological conception of consciousness”. In the concluding remarks, we suggest that our research could be interpreted as an illustration of the thesis that transcendental phenomenology and psychology are intertwined with each other from the beginning, although they have different cognitive tasks. We consider the analysis of Gurwitsch as a deepening of Husserl’s constitutive phenomenology and as a critical and alternative pathway to the Cartesian way adopted by Husserl in his text from 1913. We understand, therefore, on the one hand, that psychology has a profound epistemological value, since its theories are methodically and systematically developed, and, on the other hand, that the methodical and systematical development of psychological theories means that certain criteria must be met and that not all psychological theory may in itself entails a fruitful philosophical development. And, finally, as the path adopted in our research followed the direction of the analysis of Husserl and Gurwitsch in their texts, moving from psychology towards phenomenology, from the natural attitude towards phenomenological attitude, in an increasing degree of purification, we indicate the reverse pathway as a route of future research: the problem regarding a detailed investigation of the new conception of intentionality within natural attitude, especially in confrontation with the emerging problems of contemporary research in psychology and cognitive sciences.
Resumo: O propósito deste artigo é apresentar a noção husserliana de corpo, tema da fase tardia do pensamento de Husserl e ainda pouco investigado. A exposição parte da análise da relação de tal conceito com as experiências perceptivas, demonstrando que a teoria fenomenológica da percepção, ao contrário do que normalmente se supõe, leva em conta a função fundamental desempenhada pela corporeidade do sujeito. Com isso, investiga-se também a dualidade da noção por meio da importante distinção, elaborada por Husserl, de corpo enquanto objeto físico (Körper) e corpo " vivo " (Leib).
2016 •
No livro O Realismo estruturalista: do intrínseco, do imanente e do inato, Norman Roland Madarasz argumenta em favor da reativação, em filosofia, do método de análise estrutural. Nas versões ortodoxas da história da filosofia na França no século XX, a representação do período posterior a 1968 tende a representar um caso quase inédito: após ter transformado os resquícios da filosofa moderna nas ciências humanas e sociais, o estruturalismo teria subsequentemente se apagado, os seus modelos linguísticos e lógicos tendo sido substituídos no decorrer dos anos 1970 por outros provenientes da arte, da literatura e da psicanálise, antes de se fundirem nas configurações dos “pós”. Madarasz argumenta que, ao contrário do apagamento alegado, o estruturalismo teria se tornado apenas indiscernível, e isto devido à nova configuração do conceito estrutural de sujeito, apresentado como veículo da multiplicidade irredutível. O estruturalismo não é e nunca foi um determinismo radical, e ainda menos um nominalismo ou relativismo que adotaria uma postura anticientífica. Através do estruturalismo se pensa sobremaneira a relação entre a filosofia e uma modelização radical da ciência como criação de novas teorias que são tantas figuras do sujeito. Madarasz ainda defende que os dois maiores sistemas estruturais da atualidade se distinguem e se aproximam ao recusar esta identificação: o sistema filosófico de Alain Badiou, com sua ontologia intrínseca e imanente, e a teoria da faculdade da linguagem de Noam Chomsky, com sua biolinguística inatista. Assim, defende-se que o estruturalismo configura o principal modelo de análise para uma teoria do sujeito que não é nem fenomenológico-existencial, nem totalizante, mas genérica, gerativa e, por ser a teoria do sujeito da alteridade irredutível, indiscernível.
The political potential of the later period of Husserl's philosophy is, for the most part, ignored in Brazilian scholarship about the author. In this article, I intend to point at the relevance of such material, as the notions of co-generativity, topography and lifeworld developed in the later period of Husserl's philosophy will allow us to recognize, first, that a phenomenological approach is ultimately compatible with a modern reading of political philosophy, and, second, has a potential to better inform some of the current conundrums in the debate about social choice, preferences and constitution.
An Otherwise Non-distinct Geneaology:"Mathematical Logic" as seen from the Perspective of Alain Badiou's Philosophical System: The aim of this essay is to map eleven transformations of mathematical logic in Badiou's philosophical system. These transformations otherwise organize the development of logic and mathematics within the context of French epistemology. We argue that to grasp Badiou's ontological argument, especially as set out in Being and Event, it is necessary to adopt a perspective critical of logicism and logical positivism. In other words, as naive set theory is created by Georg Cantor, it is independent of the project of logicism stemming from Russell and Wittgenstein's work on Frege. Indeed, set theory should not be reduced to the field of logic, but be understood as mathematical per se. This is the line of development philosophy of mathematics, epistemology and logic took within the structuralist background of French philosophy.
AORISTO - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics
Afetividade e Pessoa na Fenomenologia de Affectivity and Person in Phenomenology of Dietrich2017 •
Revista Café com Sociologia
OS DIREITOS HUMANOS NA FENOMENOLOGIA POLÍTICA DE EMMANUEL LEVINAS HUMAN RIGHTS IN THE POLITICAL PHENOMENOLOGY OF EMMANUEL LEVINAS2016 •
Phenomenological Studies/Revista da Abordagem Gestáltica
Phenomenological Studies/Revista da Abordagem Gestáltica Nr3 2019Fenomenologia e Hermenêutica (Coleção Anpof XVII Encontro)
Formação do ser humano e liberdade pessoal: breve estudo dos pensamentos de Edith Stein e Hedwig Conrad-Martius2017 •
Hybris revista de Filosofía Vol. 10 N. 1
Fenomenologias do começo. Sobre a essência da filosofia em Husserl, Heidegger e Fink2019 •
Intencionalidade e cuidado. Heranca e reperercussao da fenomenologia. Edições Húmus
El concepto de “extrema vulnerabilidad” en la teoría moral de Jürgen Habermas2017 •
Cadernos Ebape. Br
Consciência crítica com ciência idealista: paradoxos da redução sociológica na fenomenologia de Guerreiro Ramos2009 •
Transcendental phenomenology and the phenomenological psychology of Edmund Husserl
FENOMENOLOGIA TRANSCENDENTAL E A PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA Transcendental phenomenology and the phenomenological psychology of Edmund Husserl Fenomenología transcendental y la psicología fenomenológica de Edmund Husserl2018 •
Reflexões Sobre a Afinidade de Jung com a Fenomenologia
Reflexões Sobre a Afinidade de Jung com a Fenomenologia2009 •
2014 •
Revista NUFEN: phenomenology and interdisciplinarity
The concept of phenomenological psychology in the husserlian work and its implications to psychology2018 •