Drones que ajudam a controlar o estoque e intelig�ncia artificial que prev� quando um equipamento vai estragar j� s�o realidade na ind�stria brasileira.
Nas unidades da sider�rgica Gerdau em Ouro Branco (MG) e Ara�ariguama (SP), um software utiliza um algoritmo matem�tico para analisar imagens feitas por drones e calcular o estoque de min�rio de ferro e carv�o.
Segundo Gustavo Werneck, diretor de opera��es da empresa, a solu��o permite que o invent�rio esteja pronto em cerca de 20 minutos com mais precis�o do que a de m�todos antigos -antes, o processo podia levar at� uma semana utilizando fotos feitas por um top�grafo.
A empresa tamb�m usa aplicativos de celular, desenvolvidos em parceria com start-ups, como aliados no aumento da efici�ncia.
A espera dos caminh�es em filas para carga e descarga nas usinas da Gerdau deu lugar a um agendamento feito por aplicativo. "Hoje, o caminhoneiro consegue fazer de tr�s a quatro viagens no mesmo tempo que fazia apenas uma", diz Werneck.
Outro aplicativo classifica a sucata recebida -principal mat�ria-prima da empresa- por meio de uma foto e d� o destino correto para ela. A inova��o fez o tempo do processo cair pela metade.
"A ideia agora � que todo engenheiro da Gerdau tenha tudo o que precisa no celular", afirma Werneck.
CERVEJA INTELIGENTE
Algumas cervejarias da Ambev, respons�vel por mais de 20 marcas da bebida, j� usam intelig�ncia artificial para gerenciar o sistema de resfriamento que controla a temperatura de fermenta��o.
"Conseguimos manter o processo est�vel com menor gasto de energia", diz Eduardo Soares, diretor t�cnico da companhia.
"Devido � quantidade de par�metros envolvidos, � imposs�vel fazer esse ajuste com tamanha precis�o de forma manual", completa.
De acordo com a Ambev, onde a ferramenta foi implantada houve uma economia de eletricidade de 5%.
A empresa mant�m oito engenheiros dedicados ao planejamento de solu��es inovadoras. "Colocamos outras �reas para interagir com esse departamento. Quando as pessoas entendem o benef�cio da nova tecnologia fica mais f�cil sua implanta��o", afirma Soares.
Para Constantino Seixas, diretor executivo para assuntos de ind�stria 4.0 da consultoria Accenture na Am�rica Latina, o mercado brasileiro se beneficiou da busca por efici�ncia durante a crise.
No entanto, segundo ele, algumas �reas ainda precisam evoluir: "A revolu��o digital n�o acontece s� na produ��o. Ela deve ir da compra de mat�rias-primas at� o relacionamento com cliente".