Poliana Carvalho Martins

As mudanças da sociedade atual têm influenciado todos, e as crianças não estão isentas destas influências. Inovações tecnológicas permeiam todas as instâncias da vida e se fazem presentes também nas brincadeiras e jogos infantis. Partindo dessa consideração, este estudo visa tecer relações entre o desenvolvimento de crianças pré-escolares, os jogos eletrônicos e a teoria histórico-cultural. Seu objetivo é refletir sobre como os jogos eletrônicos se articulam com o jogo protagonizado no desenvolvimento infantil. Justificamos o recorte deste estudo teórico vai incidir nas crianças pré-escolares devido aos estudos já existentes encontrados. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica de caráter exploratório. Destacamos que apesar de estudos se posicionarem tanto contra como a favor do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e dos jogos eletrônicos na pré-escola, observa-se que ambas as posições consideram a criança como sujeito acrítico, que não consegue se apropriar desses elementos de forma criativa e transformadora. Também questionamos nesse estudo o mito de que as crianças automaticamente sabem lidar com as TIC, esclarecendo que o acesso às tecnologias de informação e comunicação e o seu uso não é igual para todas as crianças. Refletimos sobre como o jogo protagonizado proposto por Vigotski (2008) e Leontiev (2006) leva a criança a se desprender da realidade imediata dando-lhe condições de lidar com os objetos e ações com base em suas motivações internas. Articulamos esse debate com a presença dos jogos eletrônicos nas crianças pré-escolares, como as regras e objetivos do jogo eletrônico são explícitos, podendo limitar os movimentos da criança e sua imaginação. E conclui-se questionando: será que, nos processos de desenvolvimento e aprendizagem que o jogo eletrônico instaura, ele possibilita à criança transitar entre o objeto/ação reais e o objeto/ação imaginados? Será que os jogos eletrônicos, quando voltados para crianças pré-escolares, proporcionam um caminho para o pensamento abstrato conforme nos fala Vigotski (2008)? Não temos respostas prontas para essas questões, que são centrais e que devem ser mais aprofundadas e investigadas em pesquisas posteriores.

Este artigo visa expor o Plano de Acao que vem sendo desenvolvido com o grupo de criancas de quatro e cinco anos do Departamento de Educacao Infantil – CEPAE/UFG, tal plano tem como problematizacao a construcao da identidade de um grupo atraves das artes visuais e brincadeiras. Intitulado como “Pequenos Artistas”, tem como objetivo geral possibilitar a imaginacao, a criatividade e a expressao das criancas favorecendo a sua apropriacao de diversas linguagens artisticas e refletindo sobre as relacoes com a natureza de forma sustentavel. E como objetivos especificos: promover a interacao das criancas, a expressao e o autoconhecimento; possibilitar o gosto pela Literatura Infantil; favorecer a interacao entre as criancas do grupo jacare e dos demais agrupamentos; incentivar a alimentacao saudavel; problematizar a relacao das criancas com os produtos alimentares; explorar, vivenciar e ampliar movimentos corporais atraves de jogos, brincadeiras, brinquedos cantados e danca; favorecer a ex...

Esta pesquisa parte da hipotese de que ensinar educacao fisica na educacao infantil favorece o desenvolvimento da crianca. O estudo surge da seguinte problematizacao: “Como organizar o ensino da educacao fisica para criancas na educacao infantil?”, tendo como objetivo geral: “Organizar o ensino da educacao fisica para criancas de um a dois anos, no DEI/CEPAE/UFG”. A pesquisa parte das experiencias historicas do Departamento de Educacao Infantil do CEPAE/UFG (DEI/CEPAE/UFG), identificando a insercao e funcao da educacao fisica e do seu licenciado, nesse espaco. Assume o Materialismo Historico-Dialetico (MARX, 1999, 2016) como metodo de analise dos dados obtidos, por meio dos seguintes instrumentos: revisao bibliografica; analise documental; entrevista; questionario; observacao participante da rotina e desenvolvimento de uma sequencia didatica com o tema ginastica. Fundamentaram as analises sobre Educacao Fisica (EF) o Coletivo de Autores (1992) e as referentes a Educacao Infantil (EI...

Este trabalho expõe uma experiência mediada pelas tecnologias na educação infantil realizada noDEI/CAPAE/UFG no ano letivo de 2020. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, análise dedocumentos e observação participante. Os dados foram coletados nos planejamentos, anotações dos professores epela observação-participante. O estudo apresenta a proposta pedagógica desenvolvida, sua metodologia, asplataformas digitais, as temáticas trabalhadas e os materiais. Reflete sobre a contradição de atender àsnecessidades educativas das crianças durante a pandemia da COVID 19 e a certeza de que o ensino remoto não seadequa às especificidades pedagógicas na Educação Infantil. Propõe uma alternativa: as atividades educativasnão-presencias de cunho optativo e visando vínculos com as crianças e famílias. Considera que trabalho docenteno ciberespaço traz uma ruptura entre o par dialético planejamento/execução, pois quem executa as propostas sãoos familiares. Essa cisão afeta outro par dialé...

Este trabalho apresenta uma proposta em desenvolvimento no Departamento de Educacao Infantil do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada a Educacao da Universidade Federal de Goias – DEI/CEPAE/UFG para o ensino do atletismo as criancas do agrupamento Jacare, constituido por criancas de 4 anos a 4 anos e 11 meses. Trata-se do trabalho de conclusao da disciplina “Fundamentos teorico-metodologicos de ensino em Educacao Fisica” do mestrado profissional em Ensino na Educacao Basica – PPGEEB/CEPAE/UFG. A sequencia pedagogica elaborada pelos referidos professores esta organizada em 8 intervencoes que estao sendo desenvolvidas uma vez por semana, no turno matutino, no periodo de 11/05/2016 a 08/07/2016, no DEI/CEPAE/UFG e na Faculdade de Educacao Fisica - FEFD/UFG. O percurso pedagogico para o ensino do atletismo sera desenvolvido em tres momentos historicos distintos, porem interligados: 1o) Pre-historia: os movimentos basicos de correr, saltar, lancar e arremessar para garantia da sobrevivenc...

Resumo: Este trabalho se insere como uma socializacao do projeto de extensao “O cuidar e o educar na educacao infantil e no primeiro ano do ensino fundamental do Cepae”.  Apresenta reflexoes a partir das observacoes e atuacoes docentes na educacao infantil realizadas durante o segundo semestre de 2015 no Departamento de Educacao Infantil do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada a Educacao/UFG (DEI/CEPAE/UFG). Este texto expoe o conceito de rotina percebido e vivenciado no dia-a-dia que pode ser compreendido como um processo constitutivo para o desenvolvimento e aprendizagem da crianca, na medida em que e um elemento que possibilita o crescimento  autonomo desta. Assim, amparados por Barbosa (2007), Faria (2003), Oliveira (1993) e Machado (2000) compreendemos rotina para alem de uma sequencia de atividades, que precisa ser permeada de intencionalidade pedagogica, planejada para potencializar o desenvolvimento e a aprendizagem infantil em relacao com a cultura e a historia. Diante do e...

Este texto trata sobre algumas experiencias pedagogicas desenvolvidas por licenciandos, em 2010 e 2011, na disciplina de estagio em Educacao Fisica no campo da Educacao Infantil. O estranhamento dos estudantes com as criancas pequenas, as duvidas sobre o que ensinar e a organizacao do trabalho pedagogico da Educacao Infantil, bem como o compromisso pedagogico e a criatividade das propostas, sao fontes desta reflexao. Assim destacamos: a importância de que as criancas vivenciem os saberes motoramente, brincando e tendo contatos iniciais com seus significados historico e cultural; a reciprocidade nas contribuicoes entre os campos do conhecimento da Educacao Fisica e da Educacao Infantil e o trabalho coletivo para uma educacao que vise a formacao humana das criancas numa perspectiva global.

Esta pesquisa parte da hipótese de que ensinar educação física na educação infantil favorece o desenvolvimento da criança. O estudo surge da seguinte problematização: “Como organizar o ensino da educação física para crianças na educação infantil?”, tendo como objetivo geral: “Organizar o ensino da educação física para crianças de um a dois anos, no DEI/CEPAE/UFG”. A pesquisa parte das experiências históricas do Departamento de Educação Infantil do CEPAE/UFG (DEI/CEPAE/UFG), identificando a inserção e função da educação física e do seu licenciado, nesse espaço. Assume o Materialismo Histórico-Dialético (MARX, 1999, 2016) como método de análise dos dados obtidos, por meio dos seguintes instrumentos: revisão bibliográfica; análise documental; entrevista; questionário; observação participante da rotina e desenvolvimento de uma sequência didática com o tema ginástica. Fundamentaram as análises sobre Educação Física (EF) o Coletivo de Autores (1992) e as referentes à Educação Infantil (EI) a Teoria Histórico-Cultural (VIGOTSKI, 1984, 1998, 2010; LEONTIEV, 2006; ELKONIN, 1987). Por meio da revisão bibliográfica foi possível concluir que apesar da EF estar presente como componente obrigatório da Educação Básica, desde a LDB de 1996, parece não ter sido consolidada efetivamente na EI. As análises das entrevistas e documentos testemunham que a educação física esteve presente no DEI/CEPAE/UFG, desde sua criação. A sequência pedagógica realizada experimentou os princípios orientadores para a prática pedagógica do professor de EF e buscou adequar o ensino à atividade guia das crianças, estabelecendo a complexificação dos desafios motores das crianças, bem como o trabalho coletivo junto com a professora pedagoga. A pesquisa originou um produto educacional para a educação infantil: uma sequência didática com princípios orientadores para o ensino específico da ginástica, desenvolvida no ano de 2017.
Palavras-chave: Ensino. Educação Física. Educação Infantil. Psicologia Histórico-Cultural.

This research starts from the hypothesis that teaching Physical Education in Early Childhood Education favors the development of children. The study arises from the problematization: "How to organize or teach physical education for childrens in childhood education?” and had as its general objective: "to organize or teach physical education for children from um to two years in the DEI/CEPAE/UFG. The research starts from the historical experiences of the Department of Early Childhood Education of CEPAE/UFG (DEI/CEPAE/UFG), identifying the insertion and function of physical education and its graduate in this space. Assumes Dialectical and Historical Materialism (MARX, 1999, 2016) as a method for analyzing the data obtained by the instruments: literature review, documentary analysis, interview, questionnaire, routine participant observation and development of a didactic sequence with the gymnastics theme. The analyzes of Physical Education (EF) or Coletivo de Autores (1992) and those on the Childhood Education (EI) to Historical and Cultural Theory (VIGOTSKI, 1984, 1998, 2010; LEONTIEV, 2006; ELKONIN, 1987). Through the literature review it was possible to conclude that although PE has been present as a compulsory component of Basic Education, since the 1996 LDB, it does not seem to have been effectively consolidated in IS. Interview analyzes and documents show that physical education has been present at DEI/ CEPAE/UFG since its inception. The pedagogical sequence performed tried the guiding principles for the pedagogical practice of the PE teacher and sought to adapt the teaching to the children's guide activity, establishing the complexification of the children's motor challenges, as well as collective work with the pedagogical teacher. The research originated an educational product in the kindergarten: a didactic sequence with guiding principles for the specific teaching of gymnastics, developed in 2017.

Este estudo visa recuperar o processo histórico da Educação Infantil, citando o movimento de transição do sistema assistencialista para o sistema educacional. O trabalho traz algumas contribuições para a história das unidades universitárias de educação infantil  (UUEIs) e ainda considera a importância da legislação para as transformações que vem ocorrendo objetivamente no campo da Educação Infantil. Analisa-se essas mudanças a luz de autores como Kuhlmann Jr. (1998, 2000), Didonet (2007), Oliveira (1992), Raupp (2004), Costa (2007), Canavieira (2012) dentre outros. O presente texto faz parte de uma pesquisa de mestrado denominada “A organização do ensino da educação física na educação infantil no DEI/CEPAE/UFG”. A metodologia utilizada foi à revisão bibliográfica que segundo Alves-Mazzotti (2002), possibilita localizar o problema de pesquisa na área, bem como evita a duplicação de trabalhos. A intenção é refletir criticamente sobre as mudanças mais recentes no campo.

Este trabalho apresenta discussões e reflexões acerca da pedagogia histórico-crítica na educação infantil. Tem como objetivo identificar elementos teóricos da pedagogia histórico-crítica que podem subsidiar/orientar a prática pedagógica do professor de Educação Infantil. Partindo de uma revisão bibliográfica, notamos que a pedagogia histórico-crítica, e seu arcabouço teórico do materialismo histórico-dialético, tem se mostrado como instrumento poderoso para fazer análises da realidade atual. Ressaltamos que a pedagogia histórico-crítica é particularmente feliz ao tirar o foco exclusivamente da criança, trazendo de volta a importância do professor, e nos levando a perceber que é na relação entre criança, professor e conhecimentos é que reside o verdadeiro centro do processo pedagógico. Além disso, já possui um acúmulo de discussões e debates que podem sustentar uma prática pedagógica na educação infantil.

O presente trabalho visa relatar uma reflexão sobre uma experiência e de ensino para estudantes com Síndrome de Down vivida dentro do projeto “Cultura Digidown: uma análise da formação continuada de professores para educação inclusiva”. O referido projeto foi desenvolvido pelo LABIN – Laboratório de Educação, Tecnologia e Inclusão da Faculdade de Educação (FE) da Universidade Federal de Goiás (UFG). O projeto se materializou com a realização de um curso de extensão de formação continuada sobre inclusão para professores das redes municipal, estadual, federal e particular da cidade de Goiânia. No curso os professores tiveram oportunidade de estudar textos e assistir palestras que falavam de inclusão, alfabetização e letramento. Além disso os professores tiveram sete experiências com estudantes com Síndrome de Down em que foram realizadas intervenções de ensino em alfabetização e letramento utilizando recursos tecnológicos. O objetivo central das intervenções era possibilitar que os professores em formação tivessem a oportunidade de refletir sobre o processo de alfabetização mediado pelo software Alfafon (Alfabetização fônica computadorizada) desenvolvido em 2010 por pesquisadores da USP. Os resultados alcançados mostram que a alfabetização fônica pode ser um método interessante para trabalhar com estudantes com Síndrome de Down. Porém, ao longo das experiências os professores envolvidos observaram que, apesar das tecnologias de comunicação serem importante, a mediação do professor continua sendo imprescindível ao processo de alfabetização. E que o jogo de regras foi  elemento promotor de maior engajamento e aprendizagens

O presente texto apresenta algumas experiências do Projeto Semestral da Área de Experiência de Brinquedos e Brincadeiras do Departamento de Educação Infantil, do Centro de Ensino e Pesquisa em Educação, da Universidade Federal de Goiás, realizado no primeiro semestre de 2015 e suas respectivas articulações com o Projeto de Trabalho Semestral cuja temática é: “Sustentabilidade, Tecnologias e Educação Infantil”. Busca explicitar a forma como se materializou os princípios da proposta de trabalho no cotidiano desta instituição, amparados na psicologia histórico cultural, com base em Vigotski, Leontiev, Elkonin e ou￾tros autores que contribuem na reflexão sobre o brinquedo/brincadeiras como fonte mediadora da realidade, importante no processo de aprendizado e desenvolvimento da criança. Explicita que o planejamento é importante na orientação das atividades de brincadeiras e na construção dos brinquedos propostos, entretanto, a mediação pedagógica realizada no contexto da instituição deve contemplar o diálogo, a participação coletiva entre as crianças/crianças e crianças adultos, onde possam compartilhar diferentes experiências, vivências e troca de conhecimentos entre os seus pares. Propõe refletir sobre o brincar como eixo importante na formação humana e fundamental na Educação Infantil que é uma etapa significativa para explorar este processo. Conclui que é preciso propor diferentes brinquedos e brincadeiras para a construção de um repertório cultural, garantindo a criança o seu direito de brincar. Por fim, ressalta a responsabilidade do professor como mediador desse aprendizado organizando o espaço, os materiais, o tempo, os conteúdos e as vivências das crianças
no meio cultural.

Este texto visa apresentar uma experiência de atividade de brincadeiras realizada na Unidade de Educação Infantil/CEPAE/UFG com crianças de um a três anos dentro da área de brinquedos e brincadeiras do currículo da referida instituição durante o primeiro semestre de 2010. Busca ainda discutir o papel do adulto e de diferentes elementos mediadores como histórias, música, objetos que podem auxiliar as crianças a conseguirem seguir as regras das brincadeiras e a entrarem em brincadeiras simbólicas.

Este trabalho é uma pesquisa por nós desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Ensino na Educação Básica versa sobre as dificuldades que as instituições de Educação Infantil têm encontrado ao lidar com comportamentos agressivos, indisciplinados, “birrentos” das crianças. A guisa de melhor denominação, caracterizaremos estes como comportamentos desafiadores. Partindo da compreensão de que não é a medicalização e patologização das crianças Eidt (2007), Pasqualini (2009), Ferracioli (2013) que colabora para sua autorregulação. Este estudo busca propor formas alternativas de se enfrentar essa questão, pois compreende que o desenvolvimento das formas típicas e complexas do comportamento humano não é determinado apenas pela maturação orgânica, mas também pela interação mediada com a cultura e a história (Vigotski, 1998). Ancorados no materialismo histórico dialético, temos como objetivo final construir junto com os professores da escola pública estratégias metodológicas que permitam mediar as situações escolares vividas pelas crianças que apresentem comportamentos desafiadores na crise de transição dos 3 anos e inclui-las nas práticas pedagógicas”.  Para tanto, faremos uma incursão em cinco centros municipais de educação infantil, distribuídos pelas cinco regionais em que a Rede Municipal de Goiânia se organiza, e o Departamento de Educação Infantil do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicados á Educação (DEI/CEPAE). A delimitação deste campo de pesquisa se deve a necessidade de identificar as concepções e práticas dos professores em um universo amplo e diverso que permita captar o fenômeno. Posteriormente escolheremos uma unidade de educação infantil para ministrar um curso para os participantes da etapa anterior que desejarem aprofundar nos fundamentos da psicologia histórico cultural que visará à capacitação dos professores participantes para a posterior construção de uma sequencia didática que contribua para a formação na criança da autorregulação de seu comportamento. Atualmente, a pesquisa ainda está em apreciação no comitê de ética e estamos realizando a revisão bibliográfica. De forma inicial, ancorados em Leontiev (2006) apontamos o jogo como uma das categorias da psicologia histórico cultural, que pode se materializar em práticas pedagógicas potencializadoras da autorregulação infantil.

Este trabalho é uma pesquisa por nós desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Ensino na Educação Básica versa sobre as dificuldades que as instituições de Educação Infantil têm encontrado ao lidar com comportamentos agressivos, indisciplinados, “birrentos” das crianças. A guisa de melhor denominação, caracterizaremos estes como comportamentos desafiadores. Partindo da compreensão de que não é a medicalização e patologização das crianças Eidt (2007), Pasqualini (2009), Ferracioli (2013) que colabora para sua autorregulação. Este estudo busca propor formas alternativas de se enfrentar essa questão, pois compreende que o desenvolvimento das formas típicas e complexas do comportamento humano não é determinado apenas pela maturação orgânica, mas também pela interação mediada com a cultura e a história (Vigotski, 1998). Ancorados no materialismo histórico dialético, temos como objetivo final construir junto com os professores da escola pública estratégias metodológicas que permitam mediar as situações escolares vividas pelas crianças que apresentem comportamentos desafiadores na crise de transição dos 3 anos e inclui-las nas práticas pedagógicas”.  Para tanto, faremos uma incursão em cinco centros municipais de educação infantil, distribuídos pelas cinco regionais em que a Rede Municipal de Goiânia se organiza, e o Departamento de Educação Infantil do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicados á Educação (DEI/CEPAE). A delimitação deste campo de pesquisa se deve a necessidade de identificar as concepções e práticas dos professores em um universo amplo e diverso que permita captar o fenômeno. Posteriormente escolheremos uma unidade de educação infantil para ministrar um curso para os participantes da etapa anterior que desejarem aprofundar nos fundamentos da psicologia histórico cultural que visará à capacitação dos professores participantes para a posterior construção de uma sequencia didática que contribua para a formação na criança da autorregulação de seu comportamento. Atualmente, a pesquisa ainda está em apreciação no comitê de ética e estamos realizando a revisão bibliográfica. De forma inicial, ancorados em Leontiev (2006) apontamos o jogo como uma das categorias da psicologia histórico cultural, que pode se materializar em práticas pedagógicas potencializadoras da autorregulação infantil.