Campanha confirma vídeo em que Bolsonaro fala em 'fuzilar petralhada do Acre': 'Foi brincadeira'

Candidato Presidência simulou arma com tripé de câmera durante discurso
Durante a campanha presidencial, Bolsonaro simulou arma com tripé de câmera e disse: 'Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre' Foto: Reprodução/Redes sociais
Durante a campanha presidencial, Bolsonaro simulou arma com tripé de câmera e disse: 'Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre' Foto: Reprodução/Redes sociais

RIO — O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) causou controvérsia nas redes ao simular um fuzilamento durante campanha em Rio Branco, no Acre. De cima de um trio elétrico, enquanto discursava para apoiadores no último sábado, o político "empunhou" um tripé de câmera como arma e disparou contra seus adversários petistas. A assessoria do deputado federal destacou que o gesto "foi uma brincadeira, como sempre".

imagens: redes sociais
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"Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas para correr do Acre. Já que gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir para lá. Só que lá não tem nem mortadela. Vão ter que comer capim mesmo", ressaltou o candidato, que foi ovacionado pelo público.

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O vídeo do discurso foi compartilhado nas redes sociais e motivou embates entre apoiadores e críticos do candidato. Enquanto seus eleitores ressaltaram estar claro o tom de brincadeira, parte dos internautas acusou o deputado de fazer apologia à violência. As imagens não foram publicadas nas redes do político, que exibiu seu encontro com índios e sua recepção na capital acreana.

"Esse é o candidato que usa Deus em seus discursos, defende a família e nos debates prega a união de todos os brasileiros?", questionou um internauta, ao postar o vídeo.

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A região norte vive desde agosto momentos de violência e ataques a venezuelanos, sobretudo em Pacaraima, no Norte de Roraima, na fronteira com a Venezuela. O Exército informou que 1.200 estrangeiros foram obrigados a deixar o município depois que cerca de 700  imigrantes foram atacados por brasileiros .

Imigrantes do país vizinho que moravam nas ruas de Pacaraima tiveram acampamentos improvisados e pertences queimados por cerca de dois mil moradores da cidade. O governo de Roraima chegou a pedir o fechamento das fronteiras, em meio a apelos por suporte da União, mas o governo federal descartou a possibilidade.