A Missionariedade da Igreja A Igreja de Jesus, como vocacionada e continuadora do anúncio de Jesus Cristo ao mundo, a todos os mundos em todos os tempos, nasce missionária. Ser missionária não é algo opcional para a Igreja é dimensão constitutiva do seu ser. Jesus é o missionário do Pai, ungido pelo Espírito Santo, para anunciar a boa notícia da libertação para os pobres, cativos, oprimidos, enfermos e publicar o ano da graça do Senhor, segundo nos relata Lucas no capítulo quarto do seu evangelho. A Igreja, portanto, não conhece outro caminho missionário a não ser o caminho feito pelo próprio Jesus. Neste mundo, dilacerado por discórdias, ela deve brilhar como sinal profético de unidade e de paz. Ela deve brilhar: ser ela mesma aquilo que ela anuncia; anunciar aquilo que ela acredita e vive. No mundo atual, segundo o Papa Paulo VI, as pessoas escutam de melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres... ou então, se escutam os mestres, é porque eles são testemunhas. (Evangelii Nuntiandi, 41). Por isso a Igreja deve ser a primeira destinatária da mensagem que anuncia aos outros. A conversão que ela quer ver fora deve acontecer primeiro dentro, nas suas próprias estruturas organizativas. Resumindo: a Igreja não pode se omitir de falar ao mundo aquilo que o Senhor lhe confiou; e a destinou para ir e produzir frutos, mas por outro lado, ela só conquista credibilidade quando é a primeira a dar exemplo concreto daquilo que ela exige dos outros. Portanto, o respeito à vida e à dignidade das pessoas, a promoção da liberdade e dos direitos individuais, o trabalho em favor da justiça e da fraternidade, o anúncio de Jesus Cristo como o Salvador do mundo que constituem, por dizer assim, conteúdos da missão, a Igreja vai ser a primeira a fazer brilhar esses valores nos seus próprios telhados.
Pe. Lourenço Gomes
Paróquia N. S. Assunção e São Paulo e Igreja São Gonçalo |
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