Domingo, 26 de outubro de 2008, 17:01 | Online
Pedro Simon prevê aliança entre PT e PMDB em 2010
Apesar do PMDB ter eleito mais candidatos, partido não unidade para lançar nome próprio, avalia senador
Sandra Hahn, da Agência Estado
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Na possível composição com o PT, caberia ao PMDB indicar o vice, disse Simon, que elogiou a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, considerando que o nome da petista é o que tem mais condições de concorrer. "Gosto muito da Dilma, ela deu uma dinâmica nova ao governo Lula", avaliou o senador, ao acompanhar a votação do candidato à prefeitura de Porto Alegre José Fogaça (PMDB).
Além da falta de unidade nacional, o PMDB não tem um candidato de consenso. Simon citou que o senador Jarbas Vasconcelos (PE) é "um grande nome", mas minoritário no partido. O governador do Paraná, Roberto Requião, enfrenta resistências e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, "já está até aliado", indicou Simon. "Não vejo no PMDB um nome em condições", constatou.
Apesar da vitória nas urnas, Simon disse que não conta com aliados internos para defender a candidatura própria. Até o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que era um dos principais adversários de Lula, está "apaixonado" por ele, brincou Simon.
Ao mesmo tempo, líderes peemedebistas sinalizam que estão fechados com o PT, apontou Simon, citando o senador José Sarney (AP) e o presidente nacional do partido, Michel Temer (SP). Questionado sobre o fato de ser um dos principais críticos do Executivo, Simon disse que, apesar de manifestar opiniões divergentes, é simpático ao governo. "Minhas críticas são normais, eu sou simpático ao Lula e ao governo dele", ressaltou.
"Agora, entre ser simpático e ser cachorrinho de auditório há uma diferença muito grande", comparou. "Acho que o Lula está fazendo um bom governo", elogiou. "Desde que a Dilma entrou, a seriedade está se impondo", observou, dizendo que na época de José Dirceu todos os fatos "negativos" nasciam na Casa Civil.
Junto com os elogios, aproveitou para criticar os "equívocos" na edição de medidas provisórias pelo governo contra os efeitos da crise financeira mundial. Nos Estados Unidos, relacionou Simon, o governo submeteu ao Congresso um plano de recuperação de US$ 1,3 trilhão e a primeira proposta foi rejeitada pela Câmara, citou o senador, lembrando a intensa negociação no Legislativo. "Aqui no Brasil é medida provisória", criticou.
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