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Nação está mais ligada

Adelina Inácio |
12 de Março, 2015

Fotografia: João Gomes |

O Fórum Internacional de Telecomunicações e Tecnologias de Informação decorre, desde ontem, em Luanda. Na sessão de abertura, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, declarou  que as políticas públicas para o sector têm impacto em todo o território nacional, com  maior alcance  para as regiões em que o acesso era difícil.

O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, reconheceu ontem que o sector apoia e dá sustentação ao programa do Executivo relativo à diversificação da economia.
José Carvalho da Rocha, que falava na abertura do fórum de telecomunicações e tecnologia de informação, garantiu que as políticas públicas para o sector têm impacto em todo o território nacional, com maior alcance em regiões em que o acesso era difícil. 
As metas a serem alcançadas pelo sector em 2017 vão permitir que os serviços ligados às tecnologias de informação sejam cada vez mais acessíveis à população. O ministro destacou os 14 milhões de utilizadores da rede móvel e os três milhões de utilizadores de Internet, bem como os mais de 400 mil utilizadores das Mediatecas e igual número de dispositivos que se conectam aos postos públicos de acesso à Internet.
José Carvalho da Rocha disse que tudo isso foi possível porque se assistiu, cada vez mais, a um esforço público e privado na aplicação de infra-estruturas, na transferência do conhecimento, na geração de inovação tecnológica e materialização em serviços para a sociedade. O ministro destacou a expansão da aplicação dos cabos submarinos, a rede de Mediatecas e o ANGOSAT (satélite angolano) e defendeu que se encontrem soluções para que o sector dê respostas às necessidades do mercado.
Durante o fórum que terminou ainda ontem, o secretário de Estado para as Telecomunicações, Aristides Safeca, o presidente do Conselho de Administração da Angola Telecom, João Martins, a presidente do Conselho de Administração da Unitel, Isabel dos Santos, e o director nacional das Telecomunicações, Eduardo Sebastião, falaram sobre “o que se espera do mercado angolano das telecomutações”.
O secretário de Estado Aristides Safeca disse que o sector das telecomunicações está a olhar para o mercado do serviço móvel e fixo e mercado dos conteúdos, por ser um sector fundamental para que os serviços sejam mais participativos.

Desenvolver o mercado


O Executivo tem uma estratégia para desenvolver o mercado das telecomunicações, permitindo que Angola seja co-líder, em África, neste domínio. Aristides Safeca entende que o sector das telecomunicações não deve abranger apenas o mercado nacional. Por isso, defendeu a participação do empresariado nacional no mercado, “para sermos um bom parceiro na região e termos uma estratégia comum”.A presidente do Conselho de Administração da UNITEL reconheceu que o sector das telecomunicações deve captar investimentos. “O sector não vai assim tão bem. Temos várias operadoras com muitas dificuldades estruturantes, financeiras e de recursos humanos”, admitiu Isabel dos Santos, para quem, quando se fala de uma visão em 2025, “é preciso pensar na estratégia da formação e nos recursos humanos para poder estruturar este sector”.
Isabel dos Santos falou também da qualidade. “Ter muitas operadoras não significa ter muita qualidade”, disse. “Tenho visto que, em muitos países africanos, temos muitos operadores, mas a qualidade às vezes é fraca e a velocidade da Internet relativamente baixa”, afirmou a empresária, tendo apontado como solução um mercado conciliador e operadores fortes. 
O presidente do Conselho de Administração da Angola Telecom, João Martins, disse que as empresas de telecomunicações devem dar respostas ao mercado. Para isso, diz ser necessário um investimento nas tecnologias, serviços e na formação dos recursos humanos.
Eduardo Sebastião, director nacional das Telecomunicações, defendeu o fornecimento dos serviços nas zonas rurais. O director nacional informou que o sector tem um Plano Nacional de Telecomunicações Rural, que vai permitir que a população rural tenha os serviços de Internet e móvel em boa qualidade e preço acessível. 
No fórum foram debatidos temas como “A sustentabilidade do mercado de telecomunicações em Angola” e a “Importância de um forte sector das telecomunicações para o desenvolvimento dos negócios e o seu contributo para o crescimento do PIB em Angola”.
No encontro, que decorreu sob o lema “Os desafios das telecomunicações no contexto actual de Angola”, participaram os auxiliares do Titular do Poder Executivo, deputados à Assembleia Nacional, o ex-presidente da União Internacional de Telecomunicações, entre outros convidados.

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