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Escolhas de Deus PDF Imprimir E-mail
Escrito por Info SBC Informativo   
Seg, 23 de Janeiro de 2017 15:52

Sob a ação da fé, na ação divina, e baseados nas Palavras da Escritura Sagrada, podemos dizer que Deus faz escolhas entre as pessoas. Mas na preferência estão os pequeninos, os fracos, para confundir os poderosos da sociedade. As oito pessoas mais ricas do mundo, conforme o anunciado pela imprensa nestes dias, não conseguem entender essa forma própria do agir de Deus.

A felicidade não está no ter e nem no poder, porque a vida de todos passa, também a (vida) das pessoas mais ricas e poderosas. Talvez a maior riqueza esteja em quem não tem nada, a não ser a vida. Quem não tem excesso de bens materiais, tem maior facilidade para construir uma fraternidade comunitária. Tem mais abertura para o encontro com as pessoas das mesmas condições.

É fundamental viver centrado em Deus. Ele é o poder e a riqueza, e não nos confunde. Através da apresentação das Bem-aventuranças (Mt 5,1-12), Jesus diz que quem as observa é bendito do Pai. Supõe desapego dos bens do mundo, que é um desafio, mas ajuda na partilha com os outros e o coração fica sem amarras. Onde há partilha, existe lugar para todos, porque há inclusão.

Deus escolhe as pessoas sofridas de uma sociedade injusta e excludente. São os que não contam, são estranhos para a cultura do consumismo e não participam desse mercado. Elas apenas lutam pela sua sobrevivência e se tornam vítimas de preconceitos e discriminação. Deus sempre se põe ao lado dessa gente e valoriza o esforço e a coragem presentes em seus corações.

Felizes as pessoas mansas e puras, porque são despidas de todo tipo de agressão, e estão alicerçadas na não violência. Significa que valorizam o outro na sua dignidade, e por isso não o ofende. Não se deixam corromper pelos deuses da atualidade: dinheiro, poder, consumo etc. Sabem que a vontade de Deus é a justiça praticada para todas as pessoas na construção dos objetivos do Reino do bem.

Existem muitas falsas seguranças. Elas não proporcionam a verdadeira felicidade. E as escolhas feitas por Deus mostram que a fragilidade confunde o falso poder. A glória pertence ao Senhor, como diz o Apóstolo Paulo: “para quem se gloria, glorie-se no Senhor” (ICor 1,31). A glória do Senhor é a cruz, o amor. Só quem ama de verdade, amando o irmão, é capaz de participar da glória de Deus.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba.

 
Escolhas na vida PDF Imprimir E-mail
Escrito por Info SBC Informativo   
Sex, 21 de Outubro de 2016 08:58

Existe uma infinidade de situações em que o indivíduo precisa usar de capacidade para escolher e sustentar os objetivos da opção. Ao lado do que escolhe existem outras situações, também atraentes, e às vezes melhores, que chegam a confundir a cabeça das pessoas. Não há como seguir todos os caminhos, porque senão, não se chega a nada e a vida fica vazia e totalmente sem sentido.

Última modificação em Sex, 21 de Outubro de 2016 09:06
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A gratidão PDF Imprimir E-mail
Escrito por Info SBC Informativo   
Seg, 03 de Outubro de 2016 13:02

Há uma corrida das pessoas para a realização de seu bem-

estar. É uma realidade que se funda na cultura da concorrência, no

endeusamento do mercado, do consumismo quase descontrolado e

de um futuro incerto. Isso tudo mexe com a população brasileira

mergulhada no monstro do desemprego, que afeta milhões de

trabalhadores e deixa a gratidão numa penumbra de escuridão.

A expressão “por gentileza”, quase comum nos tratamentos

formais entre as pessoas, faz parte do calendário de relacionamento

comercial. Além da força de atração aí contida, revela também uma

atitude de agradecimento pelo atendimento nas tratativas que fazem

parte do envolvimento. A gratidão tem dimensão de espiritualidade e

eleva, e muito, a identidade e a personalidade da pessoa.

A ingratidão descaracteriza a imagem do indivíduo. É atitude

de quem desconsidera o valor do semelhante e também do benefício

recebido. Foi o que aconteceu no tempo de Jesus. Dez leprosos foram

curados de suas lepras e apenas um voltou para agradecer (Lc 17,11-

19). Ele era um estrangeiro, diferente dos demais que viram no bem

recebido como se fosse um direito, e que não precisavam agradecer.

A prática da gratidão é um dom espetacular. Por costume, a

Deus pedimos muito e agradecemos pouco. Alguma coisa deve ser

dada em troca dos benefícios recebidos, entre eles, o dom da vida, a

natureza, os alimentos, os amigos. Há uma infinidade de coisas que

nos são dados gratuitamente e passiveis de agradecimento. Podemos

até dizer que a gratidão é um gesto de justiça para com o outro.

A gratidão e o louvor estão interligados. É nesse contexto

que descobrimos o sentido do domingo, Dia do Senhor, dia de louvar

e agradecer a Deus pelos bens gratuitamente concedidos. Mais do

que um preceito, a celebração dominical expressa um coração

agradecido. Para os católicos, a Eucaristia significa “ação de graças”,

ação de louvor pelos benefícios recebidos durante a semana.

Na prática política, o interesse e os compromissos que a

pessoa eleita, com determinação realiza pelos eleitores, expressa

uma atitude de gratidão. Podemos dizer que a gratidão acontece

também no trabalho realizado com responsabilidade. A gratidão é

diferente de querer levar vantagem nas coisas. Muitas lideranças

somem das comunidades e nem voltam para agradecer.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba.

Última modificação em Seg, 03 de Outubro de 2016 13:03
 
XXVII - DOMINGO DO TEMPO COMUM – C – A fé como um grão de mostarda PDF Imprimir E-mail
Escrito por Info SBC Informativo   
Sex, 30 de Setembro de 2016 13:21

XXVII - DOMINGO DO TEMPO COMUM – C – A fé como um grão de mostarda

Lc 17, 5-10

Meus caros irmãos e irmãs,

Todos os textos da liturgia deste domingo nos falam sobre a fé, que é o fundamento de toda a vida

cristã. Lançando um olhar para o Evangelho, encontramos um pedido feito pelos apóstolos a Jesus:

“Aumenta a nossa fé!’ (Lc 17,5-6). E o Senhor responde: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um

grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos

obedeceria” (v. 6).

Sem responder diretamente ao pedido dos apóstolos, Jesus recorre a uma imagem paradoxal para

expressar a incrível vitalidade da fé. Com isto, podemos dizer que a fé, mesmo que seja em pequena medida,

é capaz de realizar coisas impensáveis, extraordinárias, como erradicar uma árvore frondosa e transplantá-la

no mar. É suficiente ter um pouco de fé, mas precisa ser verdadeira, sincera.

A fé do cristão envolve uma escolha concreta: a de seguir o Mestre. Este seguimento do discípulo

pode ser rápido, mas também pode ser lento e pode até ser interrompido. Ao longo da caminhada cristã

podemos necessitar de reforço. O que os apóstolos pedem a Jesus, neste sentido, é uma maior firmeza na

decisão de segui-lo. Jesus, com frequência já havia assinalado para eles uma caminhada difícil. São eles

convidados a tomar a cruz todos os dias, a deixar tudo para seguir o Mestre, renunciando a família e os bens

(cf. Lc 14,26ss). Muitos sentem-se tentados a rever a própria escolha (cf. Jo 6,60). Diante desses desafios

necessitam de uma maior firmeza na fé, por isto pedem: “Senhor, aumenta a nossa fé” (v. 5).

No entanto, os discípulos têm consciência de que essa adesão não é um caminho cômodo e fácil, pois

supõe um compromisso radical, a vitória sobre a própria fragilidade, a coragem de abandonar o comodismo

e o egoísmo para seguir um caminho de exigência. Pedir a Jesus que lhes aumente a fé significa, portanto,

pedir-lhe que lhes acrescente a coragem de fazer uma opção; significa pedir que lhes dê a decisão para

aderirem incondicionalmente à proposta de vida que Jesus lhes veio apresentar.

Inicialmente Jesus faz uma referência a um grão de mostarda. Lembremos que, para uma semente se

desenvolver, faz-se necessário a ação do homem, elemento fundamental para que o pequeno grão venha se

tornar grande árvore. O serviço de lançar a semente na terra exige a disposição para preparar o solo e, ao

mesmo tempo, o cuidado constante para que a semente lançada encontre as condições necessárias para

germinar, crescer e produzir frutos. Assim também com a fé, que é dom de Deus: faz-se necessário cultivá-

la para que ela possa se desenvolver.

Como a semente, que para crescer necessita desse empenho e dedicação do agricultor, exigindo dele

serviço generoso e perseverante, alimentado pela esperança dos futuros frutos, também a fé no coração do

crente deve crescer em vista da salvação, da implantação do Reino de Deus.

Quando Jesus diz sobre a amoreira: “‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria” (v.

6), dentro do conjunto de ensinamentos do texto, isto insinua não quer insinuar que a fé seja uma força

mágica, utilizada para gestos ou mesmo manifestações fantásticas. Esta imagem utilizada por Jesus quer

mostrar que, com a fé, tudo é possível. O símbolo da amoreira, árvore que atinge até 6 metros de altura, de

raízes profundas, que ninguém consegue desarraigar, serve para dizer que a fé, sendo um dom de Deus,

produz em quem crê, uma verdadeira conversão, pois é capaz de desenraizar o ser humano até mesmo das

situações mais profundas de pecado e conduzi-lo para uma nova situação de vida, talvez impensável

segundo cálculos humanos.

Porém, a fé, acolhida como dom de Deus, exige do crente uma atitude de humildade, por isto, Jesus,

na segunda parte do texto, faz uma alusão ao trabalho realizado pelo servo (v. 7-10). Na verdade, cada

discípulo de Jesus deve assumir de forma perseverante e fiel a sua condição de servo, que reconhece o

serviço prestado aos demais, levando-os ao crescimento.

Estejamos conscientes disso: Somos servos de Deus. O servo está sempre sujeito à vontade de seu

patrão. Não basta servir a Deus durante apenas uma época da vida. Não basta cumprir a vontade de Deus

em algumas realizações e por algum tempo somente, mas toda a nossa vida deve ser consagrada ao serviço

de Deus. A atitude do discípulo fiel deve ser a de quem cumpre o seu papel com humildade, sentindo-se um

servo que apenas fez o que lhe competia. O servo não procura a sua glória, mas somente a alegria de ter

realizado o seu dever.

Jesus educou os seus discípulos para crescer na fé, acreditar e confiar cada vez mais nele, a fim de

que pudessem edificar a própria vida sobre a rocha. Por isso, os próprios apóstolos solicitam: “Aumenta a

nossa fé” (Lc 17, 6). Os discípulos não pedem dons materiais, nem privilégios, mas sim a graça da fé, para

que ela seja a base de tudo e os oriente e os ilumine ao longo da vida. Como de fato, o Senhor atendeu a

esse pedido, pois todos eles acabaram por dar a vida em testemunho supremo da firme adesão a Cristo e aos

seus ensinamentos.

Nós também nos sentimos por vezes enfraquecidos na fé, diante das dificuldades, da carência de

meios e, como os apóstolos, precisamos de mais fé. Ela pode aumentar, mediante nosso pedido assíduo,

com a oração diária e com a prática das boas obras, em nome de Cristo. A nossa fé não pode ficar

adormecida, mas deve reanimar a cada momento, sendo fortalecida pela prática da oração. A oração é o

respiro da fé: numa relação de confiança, de amor, não pode faltar o diálogo, e a oração é o diálogo da alma

com Deus.

Quem reza caminha como um peregrino que busca a luz, entra na vontade de Deus. Em alguns

momentos, quando estamos na noite longa do sofrimento e do ódio erigido contra nós, pode acontecer nossa

súplica: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste” (Mc 15,34). É uma oração, um grito de fé para

Deus. É o grito de Jesus na Cruz, um grito de abandono filial à única vontade do Pai. Enquanto rezava no

Gólgota, Jesus disse: “Abba, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu

quero, senão o que tu queres” (Mc 14,36). Estar em oração é olhar para Deus e deixar-se olhar por Ele, é

procurar Deus e deixá-lo mostrar o seu rosto e revelar a sua vontade. Na oração é Deus que fala e nós

escutamos atentamente nos colocando em busca da sua vontade. É nestes momentos de provação que

precisamos que ele reanime a nossa fé.

Que possamos sempre lembrar de pedir: “Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé”. Sempre que

uma dificuldade bater à nossa porta, ou mediante uma situação de perigo, quando estivermos fracos, diante

da dor, das dificuldades, peçamos em oração esse acréscimo de fé: “Senhor, aumentai a minha fé”. O

pedido dos Apóstolos a Jesus “aumenta a nossa fé” é uma bela oração também para nós pois, para aquele

que tem fé, tudo é possível. E principalmente, quando alguma dificuldade surgir, tenhamos força, fé e

humildade para acolher a mão de Jesus, que vem nos levantar sempre.

A fé á um dom gratuito de Deus ao homem e para viver, crescer e perseverar na fé, é necessário que

cada cristão procure se alimentar da Palavra de Deus. A nossa fé precisa ser sustentada pela esperança e

permanecer enraizada na fé da Igreja (cf. CIgC 162). Somente pela luz da fé e pela meditação da Palavra de

Deus é possível sempre e por toda parte proclamar as maravilhas do Senhor.

Saibamos olhar com esperança para o futuro e vivamos com coragem os valores do Evangelho, para

fazer resplandecer a luz do bem. Com a força da fé tudo é possível! Que o Cristo venha em nosso auxílio e

alimente em cada um de nós o desejo de proclamar, com as palavras e as obras, a sua presença e o seu amor

e que possamos viver com coragem os valores do evangelho, para fazer resplandecer a luz do bem. Assim

seja.

D. Anselmo Chagas de Paiva, OSB

Mosteiro de São Bento/RJ

Última modificação em Sex, 30 de Setembro de 2016 13:21
 
Fé e fidelidade PDF Imprimir E-mail
Escrito por Info SBC Informativo   
Qua, 28 de Setembro de 2016 14:18

Fé em Deus, mas fé também nas pessoas. Em tempo de eleições municipais, só podemos acreditar num candidato se ele apresenta fidelidade nas atitudes normais na sua vida. Fidelidade no que diz, no que pensa e no que faz. Diz a Sagrada Escritura assim: “quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes” (Lc 16,10).

A fé é adesão firme em Deus, porque Ele é fiel. Acreditar no outro supõe que ele também seja fiel. Nisso está a identidade do voto, da confiança depositada no candidato que a gente escolhe. Ele não pode ser incoerente e irresponsável na administração que ora está assumindo. A prática que temos visto, nos últimos tempos, não tem sido essa da parte de muitas das nossas lideranças políticas.

Não podemos permitir que o direito e as pessoas justas sejam pisados pelas lideranças inescrupulosas. Na seara dos políticos encontramos candidatos honestos e preocupados com o bem popular e vão trabalhar para isso. Mas também sabemos dos carreiristas e despreparados para uma função pública de responsabilidade. Não é fácil fazer um verdadeiro discernimento na hora da escolha!

Os brasileiros não estão muito confiantes na ação política. Os vexamos que aparecem levam a um total descrédito, a ponto de dizer que um novo Brasil é impossível de acontecer. Na verdade, falta fé, porque falta fidelidade da parte daqueles que deveriam ser modelos de coerência. Muitos eleitores preferiam não votar em ninguém, porque são muitas as decepções no mundo político.

Um administrador autêntico faz aquilo que deveria fazer, não atribuindo a si mesmo o mérito do que fez, porque faz parte do seu ofício. É normal a aplicação correta dos orçamentos previstos. Anormal seria desviar a finalidade orçamentária para privilegiar determinados grupos ou a interesses particulares. É por isso que a lei de responsabilidade fiscal precisa ser colocada em prática.

Ser mesmo fiel à fé cristã significa criar espírito de serviço ao próximo, de disponibilidade na execução dos bens da natureza, privilegiando mais a coisa pública do que vantagens pessoais. Nunca achar que está fazendo demais para os outros. Essas dicas são fundamentais para quem investe na ação política, colocando sua vida a serviço de um povo ou de uma comunidade.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba.

 
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