Inundações e enxurradas fazem mais de uma dezena de mortos e centenas de desalojados em Timor-Leste. Estragos podem atrasar campanha de vacinação contra a Covid-19
Pelo menos 11 pessoas morreram em inundações e enxurradas em Díli, e centenas de famílias tiveram de ser realojadas.
De acordo com a Proteção Civil de Timor-Leste, este é apenas um balanço provisório e as autoridades planeiam uma resposta de emergência.
A ilha tem sido assolada por chuva ininterrupta nos últimos dias.
De acordo com uma fonte governamental, citada pela agência Lusa, é impossível fazer-se um balanço total dos estragos. Muitas habitações, estabelecimentos comerciais e várias infraestruturas ficaram danificadas, incluindo parte da estrada que liga Díli a Aileu, a 47 quilómetros a sul da capital.
As inundações afetaram, ainda, vários edifícios essenciais no combate à pandemia da Covid-19 no país, onde se inclui o Laboratório Nacional, no recinto do Hospital Nacional Guido Valadares.
As autoridades receiam que as inundações atrasem a campanha de inoculação no território. No cerne das preocupações estão dois centros de isolamento de pacientes de Covid-19, o de Vera Cruz, no centro da capital, e o de Tasitolu.
Portugal lamentou, já, as mortes e ofereceu apoio a Timor-Leste. Em declarações à agência Lusa, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva afirmou que a ajuda de Portugal passará pelo programa de cooperação que o país tem em Timor-Leste.
A delegação da União Europeia em Timor já manifestou solidariedade e as Nações Unidas manifestaram apoio ao Governo timorense na coordenação de uma resposta de emergência às inundações.
As Nações unidas também manifestaram solidariedade aos timorenses afetados pelas inundações e apoio ao governo, prometendo ajuda humanitária.