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Por Bruno Villas Bôas, Valor — Rio


O analfabetismo continuou em queda no país ao longo do ano passado, mas 11 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais de idade ainda não sabem ler ou escrever. No Nordeste, região com a maior concentração de analfabetos, porém, não houve progresso em 2019. As demais regiões mostraram avanços.

Os dados são da pesquisa Pnad Contínua Educação 2019, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo conceito da pesquisa, analfabetas são pessoas que não sabem ler e escrever um bilhete simples.

A taxa nacional de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais de idade caiu de 6,8% em 2018 para 6,6% em 2019. Foi a terceira queda consecutiva do indicador. Em 2016, início da série histórica da pesquisa, a taxa estava em 7,2%. No início dos anos 90, outras pesquisas do IBGE mostravam taxas de analfabetismo na casa de 20%.

Com a lenta melhora, o país ainda não alcançou sequer a meta intermediária do Plano Nacional de Educação (PNE), de reduzir a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais para 6,5% em 2015. O plano prevê a sonhada erradicação do analfabetismo em 2024.

Das cinco grandes regiões do país, o analfabetismo recuou em quatro no ano passado. Os melhores indicadores estavam no Sudeste (de 3,5% para 3,3%) e no Sul (de 3,6% para 3,3%). O Nordeste, que concentra metade dos analfabetos do país, a taxa ficou praticamente estagnada: 13,9% em 2019, após registrar 13,87% no ano anterior.

“O Nordeste é o grande desafio no alcance da meta do analfabetismo”, disse Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa do IBGE.

A pesquisa mostra padrões conhecidos do analfabetismo no país. Enquanto os Estados da região Nordeste mostram taxas bastante elevadas, como Alagoas (17,1%), Paraíba (16,1%) e Maranhão (15,6%), os índices são menos no Sul e Sudeste, como Rio de Janeiro (2,1%) e São Paulo (2,6%).

Além de concentrado no Nordeste, alcança principalmente a população com 60 anos ou mais de idade, o que é explicado pelo déficit histórico de acesso à educação, sobretudo no meio rural do país. Em 2019, eram quase 6 milhões de analfabetos a partir dos 60 anos, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18% para esse grupo etário.

Marina Águas, analista do IBGE, lembra que parte da redução do analfabetismo no país pode explicada por um efeito demográfico: “A taxa de analfabetismo cai em parte com a morte da parcela mais envelhecida da população, na qual está a maioria dos analfabetos. É muito difícil convencê-los a voltar a estudar”, disse Marina.

Uma análise por cor ou raça também chama atenção, pela magnitude da diferença entre pessoas brancas e pretas ou pardas. Em 2019, 3,6% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 8,9% entre pessoas de cor preta ou parda – mais do que o dobro, portanto.

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