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Por Stella Fontes, Valor — São Paulo


A produção nacional de celulose recuou 6,6% em 2019, para 19,691 milhões de toneladas, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que reúne os produtores de celulose, papel, painéis e pisos de madeira e florestas no país. A queda reflete principalmente o menor ritmo nas fábricas da Suzano, cuja estratégia foi produzir menos e comercializar estoques, que subiram para níveis anormais a partir do fim de 2018.

Em dezembro, conforme a entidade, a queda no volume produzido foi de 7,2% na comparação anual, para 1,67 milhão de toneladas.

As exportações da matéria-prima, por sua vez, caíram 25,3% em dezembro, na comparação anual, a 1,13 milhão de toneladas.

 — Foto: Foto: Anna Carolina Negri/Valor
— Foto: Foto: Anna Carolina Negri/Valor

Conforme a Ibá, a China manteve-se como principal destino da celulose produzida no país, embora as compras (em receita) tenham sido ligeiramente menores, na esteira da desvalorização da matéria-prima do papel.

Em 2019, as exportações para a China totalizaram US$ 3,25 bilhões, baixa de 8,2%. No total, o país exportou US$ 7,48 bilhões em celulose, 10,6% menos do que o registrado em 2018.

Conforme o boletim Cenários Ibá, no ano passado, as exportações da indústria de base florestal brasileira somaram US$ 9,7 bilhões, incluindo US$ 2 bilhões de papel e US$ 265 milhões de painéis de madeira. O saldo da balança comercial ficou positivo em US$ 8,7 bilhões, queda de 10,2%.

No boletim, o presidente da Ibá, Paulo Hartung, observou que 2019 foi um ano de ajuste para o setor. “Mesmo frente ao desafio setorial e de instabilidade econômica do país, o setor manteve sua representatividade nas exportações nacionais. Em 2019 identificamos crescimento na produção de papel embalagem e papelcartão, demonstrando que o material tem sido demandado e tem se mostrado uma alternativa frente a embalagens de origem fóssil”, disse.

Hartung reiterou que a indústria tem investimentos previstos e em andamento de cerca de R$ 32,9 bilhões e, no período de crise, entre 2014 e 2017, investiu R$ 20 bilhões.

Venda doméstica de papéis sobe em dezembro

O boletim mostra que a trajetória de recuperação das vendas de papéis no mercado doméstico se sustentou em dezembro, mas o desempenho em 2019 ficou praticamente estável.

No último mês do ano, houve alta de 2,7% no volume vendido internamente, na comparação anual, para 501 mil toneladas. O desempenho foi positivo em quase todos os segmentos: papéis para fins sanitários (tissue), papel cartão e papéis para embalagens e imprimir e escrever. A venda doméstica de papel imprensa manteve-se em 4 mil toneladas, sem variação.

No acumulado de 2019, as vendas domésticas de papéis somaram 5,458 milhões de toneladas, com queda de 0,1%.

A produção nacional de papéis, por sua vez, subiu 2,3% em dezembro, para 920 mil toneladas, e avançou 1% em 2019, para 10,535 milhões de toneladas.

As exportações cresceram 2,4% em dezembro, a 173 mil toneladas, e avançaram 7,2% no acumulado do ano, para 2,163 milhões de toneladas.

As importações cresceram 26,5% no mês, para 43 mil toneladas, mas fecharam o ano com baixa é 4,6%, a 682 mil toneladas.

Venda de painéis cai no mês e no ano

As vendas de painéis de madeira no mercado interno tiveram forte queda em dezembro, contribuindo para o desempenho negativo no acumulado do ano, segundo a Ibá.

No último mês de 2019, as vendas domésticas totalizaram 476 mil metros cúbicos, com baixa de 22,2%. No acumulado do ano, a retração foi de 3%, a 6,7 milhões de metros cúbicos.

As exportações de painéis subiram 2,5% em dezembro, para 83 mil metros cúbicos. No ano, porém, houve queda de 16,1%, a 1,03 milhão de metros cúbicos.

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