O leão mais famoso (e cinematográfico) do mundo celebra 100 anos. Lembra-se dele?

O estúdio de cinema, Metro Goldwyn Mayer, para sempre ligado a produções cinematográficas famosas, foi fundado há 100 anos, a 17 de abril de 1924. O dia em que o mundo conheceu o leão.

Ligado a filmes como “Singin’ in the Rain” ou “Ben-Hur”, o centenário estúdio Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) foi fundamental na criação do conceito de Hollywood como uma uma indústria de blockbusters cheia de glamour e estrelas.

Cem anos após o seu nascimento, a sua herança, imortalizada na introdução icónica do rugido majestoso de um leão emoldurado por um dramático oval dourado, permanece numa indústria em mudança e com um futuro incerto.

A história do estúdio começou a 17 de abril de 1924, quando o magnata Marcus Loew, dono da rede de cinemas Loew’s Theatres, concluiu a fusão da Metro Pictures, Goldwyn Pictures e Louis B. Mayer Pictures, hoje conhecida como MGM, com o intuito de ter produções de qualidade para exibir nas suas salas de cinema.

Sob a direção de Louis B. Mayer e com Irving Thalberg como chefe de produção, a MGM foi o primeiro estúdio a conciliar a ideia de produção e distribuição. Devido a isso pouco depois tornou-se no estúdio mais prestigiado de Hollywood.

Depois de um caminho tortuoso com várias outras mudanças de propriedade e falência em 2010, a MGM passou para as mãos da Amazon em 2022, e seu catálogo, composto por 4 mil filmes, 17 mil episódios de séries televisão e 180 Óscars.

E o leão?

Tão famoso quanto diversos rostos dos filmes do estúdio, o animal apelidado de Leo tem uma origem bastante inusitada.

Leo na pele de Slats, um leão nascido no zoológico de Dublin, na Irlanda. A estreia aconteceu em 1924, sendo que pertencia a Howard Dietz, diretor de publicidade do estúdio. Howard procurava uma identidade para o estúdio e foi encontrá-la nas equipas desportivas da Universidade de Columbia, em Nova Iorque. A claque era conhecida como “leões” e o grito de guerra era algo como “urre, leão, urre”.

O logotipo, no qual o leão aparece em meio à celuloide dos filmes e o dístico ars gratia artis (a arte pela arte) foi desenvolvido por Lionel Reiss, à época então diretor de arte dos estúdios Paramount.

Uma curiosidade: o rugido do leão não era ouvido pelos espectadores, pois naquela altura o cinema era mudo. Leo só assustou a plateia a partir de 1928. Nessa altura, a MGM gravou o ruído e sincronizou-o com a abertura dos filmes.

(Foto de arquivo)

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