Quem resolveu deixar o Brasil por causa da crise não pensa em voltar, e o número de famílias que saem para outros países continua crescendo.
A recessão que o Brasil atravessa desde 2014 tirou os empregos de Valter, Ricardo, Leonardo e Ronaldo. Empurrou Marcelo para perto da falência. Adiou a formatura de Lucas. Levou Vivian e Vasco a buscarem refúgio no exterior.
O presidente Michel Temer afirmou que o governo admite negociar alguns pontos da reforma da Previdência, mas descarta alterar a proposta de estipular a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.
Os dados de inovação no país mostram que aumentou o número de empresas que recebem suporte do governo, mas isso não resultou em mais inovação.
O aprofundamento da recessão levou a uma forte queda no lançamento de produtos e na adoção de técnicas inovadoras por parte das empresas brasileiras.
Em busca de estabilidade e salários melhores, boa parte dos trabalhadores com ensino superior tem optado pelo emprego no setor público.
A pedagoga Patrícia Ferreira Perote, 45, perdeu o emprego de professora em agosto deste ano. Com a crise, não tem conseguido outra colocação em sua área e resolveu buscar, em paralelo, uma vaga de babá.
O professor e analista de sistemas Jair da Silva, 61, está a caminho de um cruzamento nas imediações de casa, no Jardim São Paulo, bairro de classe média na zona norte da capital paulista.
Depois de 20 anos de carreira na área de auditoria de empresas, o executivo Leonardo Potengy, 42, foi demitido em outubro de 2014.
A recessão contribuiu para um boom na criação de empresas muito pequenas por parte de trabalhadores que perderam seus empregos.