Edição do dia 22/08/2016

22/08/2016 06h09 - Atualizado em 22/08/2016 10h36

Tóquio é a anfitriã da Olimpíada de 2020 e preparativos estão adiantados

Com um sistema de transporte eficaz, um dos menores índices de violência do mundo e fama de cumpridor de prazos, Japão promete uma festa e tanto.

Márcio GomesTóquio, Japão

Num país com cultura milenar, quatro anos significam: ontem. É assim que os japoneses encaram o desafio de preparar os Jogos de 2020. Não há tempo a perder, frente a tamanha responsabilidade.

Em 2013, quando o Comitê Olímpico Internacional anunciou a vitória da capital japonesa, premiava a capacidade de organização, o planejamento, a fama de povo cumpridor de prazos. Especialmente quando já sai na frente em importantes quesitos:

Transporte - com um eficiente sistema de trem e metrô, em Tóquio não é necessário ter carro.

Segurança - do mais baixos índices de violência entre as grandes cidades do mundo.

Estrutura - já há arenas prontas, só esperando a Olimpíada chegar.

Tóquio já foi sede de Jogos Olímpicos, em 1964. Diversos locais utilizados naquela olimpíada serão reutilizados. Há 52 anos, era a primeira vez que a Ásia recebia os Jogos. O Japão renascia depois da derrota na 2ª Guerra Mundial. O atleta que acendeu a pira era um sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima. O Estádio Nacional, que não existe mais, estava em festa.

No local do antigo Estádio Nacional, será construído o novo estádio olímpico. Os operários ainda trabalham na preparação do terreno para o futuro estádio. A previsão é que as obras comecem em dezembro de 2016 e que tudo fique pronto em novembro de 2019. A nova contrução terá muita madeira, uma tradição da antiga arquitetura japonesa, e terá um ar natural, de aconchego aos 80 mil espectadores que o estádio comportará.

Não muito distante, ficará a Vila Olímpica, num terreno à beira da Baía de Tóquio, que também deverá ficar pronta no fim de 2019. Os atletas terão vista para o mar e o mundo verá mais um belo espetáculo olímpico.

De olho no público jovem, cinco novas modalidades foram aprovadas para o programa olímpico: skate, surf, escalada esportiva, karatê e beisebol softbol. Daqui a quatro anos, a festa que o Brasil celebrou será no Japão. Mas os Jogos de Tóquio de 2020 já se apresentam em perfeita sintonia com as características do país: caminhando entre o respeito às tradições e o olhar para o moderno.

Os japoneses estão animados para os próximos jogos - eles sabem a importância que uma olimpíada pode ter para apresentar uma mensagem, apresentar uma cidade ao mundo. O problema é metereologia - os jogos vão acontecer entre julho e agosto, período de verão no Japão e isso significa muito calor, muita umidade e ainda o risco de tufões, como o desta segunda-feira (22). Nós iríamos fazer essa entrada do Hora 1 ao vivo, para detalhar o projeto de Tóquio, num dos ginásios que já estão prontos. Mas choveu muito forte, ventou muito e a gente teve que se abrigar no estúdio mesmo. Esse tufão passou ao largo da costa japonesa, mas trouxe seus efeitos para a região central do país. Vários vôos precisaram ser cancelados e houve alerta de deslizamentos.

Na cerimônia de encerramento dos Jogos do Rio a gente teve um gostinho do que o Japão prepara para a próxima Olímpiada. O Japão foi representado com inúmeras figuras populares do país, de personagens criados por lá. Como o Super Mario, do famoso vídeo game. E quem representou o bonequinho foi o próprio primeiro ministro, Shinzo Abe, algo que pegou a todos de surpresa. Ele teria ido de Tóquio até o Rio dentro de um encanamento e apareceu no palco do Maracanã. O fato chamou muita atenção, inclusive na imprensa internacional e ofuscou até a participação da governadora de Tóquio, que recebeu a bandeira olímpica das mãos do prefeito do RJ, Eduardo Paes.

 

 

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