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Escrita Katakana

Escrita Hiragana

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Ikebana

 

A Cultura Japonesa

 

A longa história do Japão produziu uma cultura significativamente diferente das de outras nações, caracterizada em geral por uma mistura indissociável da tradição autóctone com formas chinesas e ocidentais. A cultura pré-histórica japonesa sofreu contínua influência da antiga China, num processo iniciado há aproximadamente 1.500 anos. A escrita chinesa também foi adotada inicialmente pelo Japão e a religião budista exerceu profunda influência na vida cultural do arquipélago. No entanto, o processo de nacionalização cultural nunca cessou, tendo mesmo se acelerado durante os 250 anos em que o Japão se manteve isolado, até 1868, quando se abriu para o mundo ocidental. O clima do Japão, por exemplo, muito mais úmido que o da China, levou à substituição do tijolo pela madeira na arquitetura. De forma similar, a escrita chinesa foi substituída em grande parte pelo silabário kana, que, mais adaptado às características da língua japonesa, registra os seus sons de maneira mais conveniente que os caracteres chineses.

 

A Língua Japonesa
 

O Japão tem população de mais de 120 milhões de habitantes e, lingüisticamente, é quase uma nação homogênea, já que mais de 99% falam o mesmo idioma. Há várias teorias sobre a origem da língua japonesa. Muitos estudiosos acreditam ser sintaticamente muito próxima das línguas altaicas, como a turca e a mongol, e do coreano. Há ainda evidências que sua morfologia e vocabulário foram influenciados pelas línguas malaio-polinésias do sul.

O sistema de escrita japonês veio do chinês, apesar de as línguas faladas nos dois países serem completamente diferentes. Além dos kanjis (os ideogramas), os japoneses adotam duas escritas silábicas, o hiragana e o katakana.

Ainda hoje, um grande número de dialetos regionais é usado no Japão. O padrão lingüístico tende ser o falado em Tóquio, que está se expandindo por todo o país por meio da mídia, mas os dialetos usados em Kyoto e Osaka continuam firmes.

 

Cultura milenar exposta em muitas facetas

 

A milenar cultura japonesa inclui muitas formas de arte e práticas refinadas. Assim ocorre com o arranjo de flores (ikebana), a cerimônia do chá (cha-no-yu), a pintura, a caligrafia artística, a dança, a música, a arte de jardinagem e a arquitetura. Entre as diversas formas teatrais sobressaem, entre outras, o kabuki, drama estilizado com música, canto e dança, o bunraku, teatro de marionetes, o nô, drama bailado tradicional, e o gagaku, música cortesã.


O cinema, que começou a ser feito no Japão ao mesmo tempo que no Ocidente, produz obras de excepcional qualidade. Nas primeiras décadas do século 20 os filmes correspondiam a dois gêneros bem definidos: o jidai geki ou histórico, e o gendai-geki ou da vida real. Cineastas como Mizoguchi Kenji, Kobayashi Masaki, Kurosawa Akira, Kinoshita Keisuke, Ozu Yasujiro, Shindo Kaneto e Oshima Nagisa são internacionalmente reconhecidos como dos maiores da história do cinema.

 

Vestimenta

 

O traje tradicional do Japão é o kimono, geralmente feito de seda, com mangas largas e que vão até os calcanhares. São presos com uma cinta larga chamada obi. Atualmente, os kimonos são vestidos em ocasiões especiais, como em festivais, casamentos e cerimônias de graduação.

No verão, costuma-se usar uma vestimenta mais leve e informal chamada yukata, também em ocasiões apropriadas. No dia-a-dia, os jovens preferem roupas ocidentais, como camisetas, jeans, camisas pólo e agasalhos; as mulheres vestem tailleurs para ir trabalhar e os homens ternos, quase sempre na cor azul-marinho.
 

A influência ocidental
 

Depois da restauração Meiji (1868), o Japão iniciou sua modernização e industrialização conforme os modelos europeu e americano. As influências russa, britânica, francesa, alemã e espanhola são evidentes na cultura japonesa, tanto em sua literatura como em educação, artes plásticas, música, ciência, diversões e ideologia. O racionalismo, o cristianismo e o socialismo impregnaram o cotidiano dos japoneses. O uso da vestimenta ocidental em lugar do quimono está muito difundido e a música ocidental parece ser preferida à música japonesa tradicional.

 

Esportes

 

Japoneses de todas as idades apreciam as atividades esportivas, tanto como participantes como espectadores. Mais do que exercício físico, a prática de esporte está relacionada ao desenvolvimento da disciplina, formação do caráter e incentivo ao espírito esportivo.

 

Os japoneses sempre vão torcer com entusiasmo pelo atleta que se esforçar de maneira determinada e sincera, independente de ganhar ou perder. Em eventos esportivos, os competidores são invariavelmente motivados por gritos de "gambatte"! (algo como "dê o melhor de si!" e "força!").

Antes da introdução dos esportes ocidentais, no Japão se praticava as artes marciais, que surgiram no século 12 e se difundiram principalmente entre as classes guerreiras, como o kendo (espada japonesa), jiu jítsu (do qual se originou o judô) e kyudo (arco e flecha), entre outros.
 

Depois da restauração Meiji (1868), várias modalidades ocidentais foram levadas ao país, entre eles o beisebol, hoje um dos mais populares esportes do Japão, que chegou em 1872, graças aos americanos.

Para os japoneses, a prática esportiva é tão importante que foi instituído o Dia dos Esportes, feriado nacional, comemorado na 2ª segunda-feira de outubro.

 

Do kemari ao futebol moderno

 

O futebol também é um esporte muito apreciado no Japão. Os nipônicos já disputavam um esporte muito parecido com o futebol em 4.500 a.C., o Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, as partidas de Kemari desenrolavam-se num recinto especial, um campo de aproximadamente 200 metros quadrados, chamado por kikutsubo, delimitado pela colocação quadrangular de quatro árvores: uma cerejeira, uma macieira, um salgueiro e um pinheiro. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). O jogo consistia basicamente em passar a bola utilizando apenas os pés; quando um jogador recebia a bola podia dar os toques que entendesse antes de endossá-la a um companheiro. Este jogo mais recreativo apresenta grandes similitudes com exercícios de recreação praticados nos dias de hoje. O Kemari é praticado até hoje, chamando atenção, sobretudo, pelos trajes típicos japoneses usados pelos jogadores.

 

O atual futebol japonês teve início com a criação do J-League (Liga Japonesa de Futebol) em 1993, e desde então tem alcançado enorme popularidade. Pode-se afirmar que parte dessa popularidade deve-se ao esforço de consagrados jogadores estrangeiros que atuaram na J-League, principalmente dos jogadores brasileiros como o Zico que atuou no Kashima Antlers (1993 a 1994), o Leonardo também no Kashima Antlers (1994 a 1996), o Dunga que atuou no Jubilo Iwata (1995 a 1998).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Arquitetura

Sumô, o esporte nacional

O sumô, com cerca de 2.000 anos de história, é considerado o esporte nacional do Japão. É, também, o mais popular do país. Os campeonatos atraem multidões aos ginásios, as emissoras de TV transmitem as lutas ao vivo, e jornais rádios e televisão dedicam amplos espaços nos noticiários. Os lutadores são alvos de grande admiração e respeito por toda a população.

Os lutadores trajam mawashi (faixa que envolve a cintura) e usam diferentes estilos de cabelos. O sumô mantém muitas de suas práticas tradicionais, como o dohyo (ringue elevado) e laços com cerimônias do xintoísmo. Apesar de existir há milhares de anos, tornou-se esporte profissional no início do período Edo (1600-1868). Hoje, é praticado em clubes, escolas colegiais e universidades, e em associações amadoras.

O ringue do sumô (dohyo) é construído com argila especial e areia. Nele há um círculo de 4m55 de diâmetro, marcado por uma corda grossa feita com palha. Duas linhas brancas dentro do círculo indicam as posições iniciais de onde os lutadores partem para a luta. Perde quem primeiro sair do dohyo ou tocar o chão com qualquer parte do corpo que não seja a planta do pé. Não é permitido bater com as mãos fechadas.

A característica mais marcante do sumô é o tamanho dos lutadores. Em média, tem 1m85 e 148 kg – alguns chegam a pesar quase 200 kg. Contudo, altura e peso não são determinantes para a vitória. Os lutadores sabem disso e passam várias horas do dia treinando.

 

Rinque de Sumô

 

Kemari

O ancestral do futebol no Japão

 

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Atualizado em: 20 dezembro, 2009.