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Abalo com magnitude 8,9

Catástrofe poderá ter feito mais de mil mortos

11.03.2011 - 07:06 Por Helena Geraldes, Susana Almeida Ribeiro, Isabel Gorjão Santos, Mara Gonçalves

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O sismo e o tsunami que abalaram hoje o Japão deverão ter feito mais de mil mortos, avança a agência de notícias Kyodo. Os sobreviventes na cidade de Sendai estão a passar a noite às escuras e ao frio.
 (Foto: Kyodo/Reuters)

Número de vítimas: A agência de notícias Kyodo está a avançar que o sismo e o tsunami no Japão deverão fazer mais de mil mortos. Este é um número que aumenta a cada minuto. O último balanço da polícia refere 378 mortos, 584 desaparecidos e cerca de 950 feridos. Entre as vítimas mortais contam-se 200 corpos que foram encontrados numa praia de Sendai, na província de Miyagi, uma das mais atingidas. A polícia, citada pelos media, acredita que se tratem de cadáveres de moradores que foram apanhados pela vaga de dez metros que arrasou a região costeira.

Na mesma região de Miyagi, desde a chegada da vaga de dez metros que está desaparecido um comboio de passageiros, perto da estação de Nobiru, e ainda não se sabe quantas pessoas seguiam a bordo, avança a agência de notícias Kyodo. O comboio fazia a ligação entre as cidades de Sendai e Ishinomaki. As autoridades dão conta ainda do desaparecimento de um navio que transportava 100 pessoas.

Entretanto, já pelas 4h00 de sábado no Japão (19h00 desta sexta-feira em Lisboa), ocorreu um novo sismo, de magnitude 6,6, na província de Niigata, situada no noroeste do Japão, no lado oposto daquele em que se verificou o abalo mais forte. Segundo a BBC, o novo sismo não causou alerta de tsunami e não houve notícias de danos.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha já lançou um "site" na Internet para permitir aos habitantes das regiões afectadas pelo sismo encontrar os seus familiares. "Milhares de pessoas no Japão perderam contacto com os membros da sua família devido ao sismo e ao tsunami", adiantou a organização em comunicado. Qualquer pessoa se pode inscrever no "site" para dizer à família e amigos que se encontra bem e informar sobre a sua localização.

Na região de Tóquio, um homem de 67 anos morreu esmagado por uma parede que ruiu e uma mulher pelo desabamento do tecto da sua casa. Três outras pessoas morreram na região de Ibaraki, a norte da capital, depois de a sua casa ter ruído.

Nuclear: O Governo japonês declarou hoje estado de emergência depois de o sistema de arrefecimento ter falhado na central nuclear nº 1 de Fukushima, como consequência do sismo. As autoridades garantem que não existem fugas de radioactividade e que não existe perigo imediato, dado que a actividade da central foi suspensa.

De acordo com as autoridades locais em Fukushima, seis mil habitantes dos arredores da central nuclear foram aconselhados a abandonar o local.

Noutro local, em Onagawa (Miyagi), deflagrou um incêndio no complexo nuclear mas longe do reactor nuclear, garante a empresa responsável, Tohoku Electric Power. Já foi activado no local um procedimento de arrefecimento emergência, mas a situação poderá ainda não estar debelada. O facto que está a originar a preocupação das autoridades e, segundo o jornal Phuket Word, o país estará numa situação de emergência nuclear.

Devastação causada pelo sismo e tsunami: O tsunami que se seguiu ao abalo, às 14h46 (05h46, hora portuguesa), e às várias réplicas atingiu especialmente a costa nordeste da ilha principal de Honshu.

Vagas com dez metros de altura abateram-se na zona costeira da região de Sendai, a Norte de Tóquio, e outras de sete metros mais a Sul, na província vizinha de Fukushima, onde o colapso de uma barragem algumas horas após o sismo causou a destruição de várias casas, segundo a agência Kyodo. Esta região é uma das mais próximas do epicentro do sismo, fica a cerca de uma centena de quilómetros da costa Este da ilha de Honshu, no Pacífico.

Na província de Miyagi, uma vaga carregando detritos e lama arrastou, a grande velocidade, os campos agrícolas por onde passou. Em alguns locais, a água entrou até cinco quilómetros para o interior.

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