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Viajar e comer - prazeres indissolúveis            

 

 

   
    JAPÃO - A Terra do Sol Nascente

 

 

 

 

 

O País

 

O Japão (Nihon ou Nippon em japonês - literalmente "origem do sol" ou "terra do sol nascente") é um arquipélago situado totalmente no hemisfério Norte, em frente à costa leste da Ásia, na parte noroeste do oceano Pacífico. 

 

O país se separa da República Popular da China, a sudoeste, pelo mar da China; da Rússia, Coréia do Norte e Coréia do Sul, a oeste, pelo mar do Japão; e das ilhas russas de Sakhalin e Kurilas, a norte e nordeste, respectivamente, pelo estreito de La Pérouse (Soya), o mar de Okhotsk e o estreito de Nemuro. Toda a costa leste do Japão é banhada pelo oceano Pacífico.

 

Com uma superfície total de 377.835km2, o que, a grosso modo, corresponde às dimensões da Finlândia ou da Itália, o Japão é composto por diversas ilhas de tamanhos variados. As quatro ilhas principais são, em ordem de tamanho, Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku.

 

Honshu, a maior e mais importante delas, com 231 mil km², correspondendo a mais de 60% da área total do Japão (pouco maior que a Grã-Bretanha) - onde está situada capital do país, Tóquio- a maior concentração urbana do mundo; Hokkaido, a última a ser ocupada pelos japoneses, fica no extremo Norte, a 300km de distância do continente asiático, e possui cerca de 83 mil km² (pouco menor que a Irlanda); Kyushu, no extremo Sul do país, cerca de 100km distante do continente, tem 42 mil km² (um pouco maior que a Tailândia), e Shikoku, a menor delas, com 1.900 km² (aproximadamente o tamanho da Sardenha).

 

Possui, ainda, 6.848 ilhas menores. Entre elas, as maiores são as de Okinawa, na cadeira de Ryukyuan e Sado, ao largo da costa do norte de Honshu.

 

Origem

 

A topografia do arquipélago, tal como se conhece hoje, data do fim da era glacial, há doze mil anos aproximadamente. Achados arqueológicos, entretanto, levam a crer que o início da ocupação humana na região remontaria a cerca de 30 mil a.C.. Há indícios de que, nessa época, o Japão era unido ao continente Asiático, tendo ao meio o chamado Mar do Japão. No entanto, não são hipóteses confirmadas. O fato é que na região existia uma gama de animais do continente muito grande para que ambos não tivessem sido unidos. É certo que se podia encontrar no Japão mamutes, elefantes, veados gigantes, cavalos, tigres, ursos pardos, antílopes, lobos e outros bichos. Por volta de 12 mil a.C. houve um aumento universal das temperaturas que durou até cerca de 3000 a.C.. Com este efeito climático, os níveis das águas subiram, separaram as terras e o Japão se desligou lentamente do continente.

 

Geologia e relevo

 

O Japão é um país de altas montanhas, vulcões ativos, vales profundos, florestas silenciosas, rios correndo velozes e mares bruxuleantes.


O relevo do Japão é predominantemente montanhoso; cerca de 80% do território é de montanhas, com uma cordilheira no centro de cada uma das ilhas principais.

 

O arquipélago japonês faz parte do Círculo do fogo, tendo 26% de seu território formado por rochas vulcânicas. Possui mais de 180 vulcões, sendo 59 deles ativos. O mais famoso deles é o Fujiyama, com 3776 metros de altitude e inativo desde 1707. Em virtude da instabilidade vulcânica o Japão já sofreu inúmeros terremotos. Em 1923 ocorreu o mais violento. Acabou matando 110.000 pessoas. Os tsunamis (maremotos) também são freqüentes no país.

 

As montanhas e os vulcões deram ao Japão energia hidroelétrica, fontes termais quentes, estâncias de verão e de inverno e vários parques nacionais espetaculares.


Nas escassas planícies, cerca de 16% do território, concentra-se boa parte da população. É nelas que se encontram as grandes cidades do Japão: Tóquio, Nagoya, Osaka, Kobe. As duas principais planícies estão localizadas no centro da ilha de Honshu: planície de Kanto onde se assenta a cidade de Tóquio e a ilha de Niigata. São, também, muito aproveitadas  para o desenvolvimento da agricultura.

 

O litoral marítimo do Japão tem 29.751 km e é aproximadamente quatro vezes maior que o litoral brasileiro com 7.491 km.


Clima

 

De forma geral, os verões são quentes e úmidos, há ausência de meses secos e os invernos são rigorosos.

 

Mas, de fato, há uma grande diversidade de climas no Japão em função da extensão em latitude do país - do tropical ao temperado, sujeitos também à influência das monções (ventos sazonais) e da altitude. No sul do país o clima é ameno, mesmo durante o inverno. Hokkaido e Honshu têm nessa estação temperaturas muito baixas. Em geral, a vertente do Pacífico é mais quente e menos enevoada do que a vertente voltada para o continente, devido ao obstáculo interposto pelas cadeias de montanhas aos ventos frios continentais. As precipitações são abundantes durante todas as estações e atingem médias anuais de 1.500mm no norte e até 2.500mm nas regiões a sudoeste. As neves são freqüentes em todo o país no inverno.

 

Hidrografia
 

O país tem uma hidrografia razoável, o que significa dizer que não sofre com a falta de água doce e que, nos dias de hoje, até pode dispor de rios para a construção de usinas hidrelétricas.

 

A estrutura do terreno faz com que o Japão tenha rios de pequena extensão, quase sempre torrenciais e de reduzida bacia hidrográfica. Somente oito rios ultrapassam 200km de extensão. O Shinano, em Honshu, é o maior, com 367km. Outros cursos importantes são: Teshio e Ishikari, em Hokkaido; Kitakami, Tone, Kiso e Tenryu, em Honshu; e Chikugo, em Kiushu. Alguns dos rios procedentes das zonas vulcânicas do nordeste de Honshu têm águas ácidas e inúteis para a agricultura. Os rios carreiam, geralmente, grandes quantidades de aluviões e formam deltas em suas embocaduras. O maior lago, de origem tectônica (causado por fraturas da crosta terrestre), é o Biwa, com 672km2. Mais numerosos são os de origem vulcânica, como o lago Kutcharo, de Hokkaido, o Towada e o Ashi, de Honshu.
 

Flora

 

Em função do clima úmido, a vegetação é exuberante no Japão. Florestas cobrem 70% do território, sendo uma das maiores taxas de cobertura florestal do mundo, Só é comparável com os países escandinavos e esta média é muito mais alta do que os 30% mundiais.  Isto se explica pelo fato das florestas ocuparem as áreas de montanhas, daí a necessidade de preservação para não ocorrer desmoronamentos. São muito poucas as cidades rodeadas de extensas florestas.

 

Correspondendo aos climas subártico, temperado frio, temperado e de zonas subtropicais, há quatro grandes zonas de floresta. No Norte, em Hokkaido; no Nordeste e Sudoeste de Honshu, e nas ilhas de Ryukyu, onde existem florestas tropicais. Ainda se pode encontrar bambus em Honshu e na parte Sudoeste do país. 
 

A industrialização moderna, a urbanização e o aumento da população, com a concomitante necessidade de materiais de construção e de petróleo, colocam em risco as florestas. Florestas naturais desapareceram e foram substituídas por floresta plantada, ocupando atualmente mais de 25% da vegetação do Japão. Apesar dos recursos florestais, o Japão importa grandes quantidades de madeira de outros países. A maior parte da matas são boas para combustível, mas não o são para a construção civil.


A maior parte da vegetação original foi substituída por lavouras ou espécies originárias de outras partes do mundo. Nas ilhas Ryukyu e Bonin encontram-se vários tipos de amoreiras, canforeiras e carvalhos. Há bosques de loureiros desde as ilhas do sudoeste até o norte de Honshu. As dunas litorâneas são dominadas pelos pinheiros, e os cedros japoneses, alguns com mais de dois mil anos, são encontrados no sul de Kyushu. São numerosas as coníferas no norte e no leste de Hokkaido.

 

Fauna


Apesar da densidade populacional humana, os mamíferos terrestres do Japão são relativamente abundantes nas regiões florestais montanhosas (ursos, raposas, cervos, antílopes, macacos etc.). As águas japonesas são povoadas por baleias, golfinhos e peixes, como salmão, sardinha e bacalhau. Entre os répteis, encontram-se tartarugas, lagartos e cobras. É famosa a salamandra gigante de Kyushu e Honshu, de 1,5m de comprimento.

 

Economia


O Japão tem a segunda economia mais próspera e bem desenvolvida do mundo, baseada principalmente em produtos industriais e serviços.
 

O sistema japonês de gestão da economia apresenta características muito peculiares. Ainda que a participação direta do estado nas atividades econômicas seja limitada, o controle oficial e sua influência sobre as empresas é maior e mais intenso que na maioria dos países com economia de mercado. Esse controle não se exerce por meio de legislação ou ação administrativa, mas pela orientação constante ao setor privado e pela intervenção indireta nas atividades bancárias. Existem, também, várias agências e departamentos estatais relacionados com diversos aspectos da economia, como exportações, importações, investimentos e preços, assim como desenvolvimento econômico. O objetivo dos organismos administrativos é interpretar todos os indicadores econômicos e responder imediatamente e com eficácia às mudanças conjunturais. A mais importante dessas instituições é a Agência de Planejamento Econômico, submetida ao controle direto do primeiro-ministro, que tem a importante missão de dirigir dia a dia o curso da economia nacional e o planejamento a longo prazo.


De maneira geral, esse sistema funciona satisfatoriamente e sem crises nas relações entre governo e empresas, devido à excepcional autodisciplina dos empregados japoneses em relação às autoridades e ao profundo conhecimento do governo sobre as funções, necessidades e problemas dos negócios. O ministro da Fazenda e o Banco do Japão exercem considerável influência nas decisões sobre investimentos de capital, devido à estreita interdependência entre as empresas, os bancos comerciais e o banco central. As Ferrovias Nacionais Japonesas é a única empresa estatal.

 

Agricultura, recursos florestais e pesca

 

Os recursos agrícolas e florestais são manifestamente insuficientes para as necessidades de uma população tão numerosa como a japonesa. Isso se deve ao relevo montanhoso e à baixa fertilidade dos solos. A madeira, procedente das florestas de coníferas, é potencialmente abundante, embora a localização de boa parte desses bosques em zonas montanhosas inacessíveis dificulte a exploração.
 

A produção agrícola, da mesma forma que a exploração florestal e pesqueira, cresceu mais lentamente do que a produção nacional total, da qual só participa em pequena proporção. O setor agrícola emprega uma porcentagem relativamente grande da população ativa em comparação com sua contribuição para a economia nacional. A agricultura japonesa caracteriza-se pelo elevado número de propriedades pequenas e ineficientes. Somente em Hokkaido encontram-se empreendimentos maiores.


O arroz é o principal produto agrícola do país. Outros produtos importantes são batata, rabanete, tangerina, repolho, batata-doce, cebola, pepino e maçã. A política agrícola do governo tem consistido em elevar o preço do arroz -- a fim de diminuir a defasagem entre a renda dos trabalhadores industriais e agrícolas -- e em impulsionar a pecuária, com o objetivo de reduzir a importação de carne e derivados, produtos em que o Japão é deficiente.
 

A frota pesqueira japonesa é a maior do mundo em tonelagem, ainda que a pesca seja realizada por empresas de pequeno porte e que utilizam técnicas obsoletas. A convenção que fixou em 200 milhas a extensão do mar territorial em diversos países constituiu um sério entrave para a pesca japonesa. Devido a isso, os japoneses tiveram que intensificar a exploração de seu próprio litoral, bem como de rios e lagos.

 

Energia e mineração

 

No que se refere a minérios, o solo japonês é pobre e os recursos minerais são insuficientes para as necessidades do país. Não se pode afirmar que haja ausência de algum minério, mas a quantidade deles é muito pequena e de baixa qualidade. Isso não se refere ao fato de no passado a extração mineral ter sido exacerbada, mas sim à natureza do solo em si, uma vez que, mesmo nos tempos mais longínquos, nunca houve no arquipélago uma abundância de metais preciosos (por exemplo), como a encontrada na América. Talvez esta escassez mineral indique que o arquipélago teve sua formação muito mais recentemente do que a América do Sul.

 

Os depósitos minerais japoneses se encontram muito dispersos, o que, somado ao escasso volume das reservas, impede a aplicação de métodos modernos de extração em grande escala. As ilhas têm algumas jazidas de carvão, ferro, zinco, chumbo, prata, cromita e manganês, mas carecem quase completamente de níquel, cobalto, bauxita, nitratos, sal-gema, potássio, fosfatos e petróleo. A extração de carvão, principal recurso energético do país, concentra-se em Hokkaido e Kyushu. A escassa produção de petróleo é feita numa faixa que vai do norte de Honshu, no mar do Japão, às planícies de Ishikari-Yufutsu, em Hokkaido.


Os recursos hidrelétricos são abundantes, devido aos altos índices de pluviosidade e ao relevo abrupto. A rede fluvial, embora sofra freqüentes inundações, é também utilizada para a irrigação. O maior potencial hidrelétrico encontra-se na Honshu central, ao longo dos rios Shinano, Tenryu, Tone e Kiso e é intensamente aproveitado.
 

Indústria

 

A característica mais notável do crescimento econômico do Japão após a segunda guerra mundial foi a rápida industrialização. O "milagre econômico" japonês ficou patente tanto no crescimento quantitativo como na qualidade e variedade dos produtos e no alto nível tecnológico. O Japão se alçou, com os Estados Unidos, à liderança da produção em quase todas os setores industriais. Uma das nações mais industrializadas do mundo, é também um dos maiores produtores de navios, automóveis, fibras e resinas sintéticas, papel, cimento e aço, além de produtos eletrônicos de alta precisão e equipamentos de telecomunicações. O crescimento econômico se atribui principalmente ao rápido crescimento dos investimentos, à concentração da indústria em grandes empresas e à cooperação entre governo e empresários.


A sólida posição industrial do Japão, tanto em qualidade como em preços, tem permitido ao país exportar grande parte de seus produtos manufaturados e equilibrar a balança comercial. Por outro lado, a expansão internacional das empresas permitiu a ampliação do mercado nos países consumidores de produtos japoneses, por meio da construção ou compra de fábricas, ou por associação com produtores desses países. Essa estratégia se observa claramente no setor automobilístico: as principais empresas japonesas estabeleceram parcerias com grupos em outros países.
 

Finanças

 

O sistema financeiro japonês apresenta algumas peculiaridades se comparado a outros países desenvolvidos. Em primeiro lugar, o crédito bancário desempenha papel primordial na acumulação de bens de capital. Em segundo lugar, o grau de dependência entre o banco central (Banco do Japão, criado em 1882), os bancos comerciais e a indústria é muito superior em relação aos demais países industrializados. Tóquio é um dos mais importantes centros financeiros do mundo e seu mercado de ações se equipara aos de Londres e Nova York.
 

Transportes

 

Até o fim do século 19 a maior parte dos japoneses viajava a pé. A primeira ferrovia foi construída em 1872, entre Tóquio e Yokohama. Na segunda metade do século 20, estabeleceram-se no Japão as ferrovias mais rápidas e automatizadas do mundo, e a quantidade de veículos e caminhões cresceu enormemente. A rede de comunicações e o serviço postal são de primeira qualidade. O país possui uma das principais frotas mercantes do mundo e suas linhas aéreas chegam a todos os grandes aeroportos internacionais. As zonas industriais -- Tóquio, a área metropolitana de Osaka (que inclui Osaka, Kobe e Quioto) e a de Nagoya -- apresentam excelente rede de transporte. Os principais portos são Yokohama, Kobe, Nagoya, Kawasaki, Chiba, Kita-Kyushu, Mizushima e Sakai.
 

Instituições políticas

 

A constituição de 1947 difere da Meiji, de 1889, nos seguintes pontos: (1) o imperador, em lugar de assumir toda a autoridade, é o símbolo do estado e da unidade do povo; (2) o Japão renuncia à guerra como direito soberano; e (3) os direitos humanos fundamentais são considerados eternos e invioláveis. O poder executivo é exercido pelo gabinete, cujo primeiro-ministro é nomeado pelo imperador, depois de designado pela Dieta (Parlamento). A Dieta se compõe da Câmara de Representantes (cujos 511 membros, 200 dos quais são eleitos, segundo um sistema de representação proporcional a partir de 1994, para um período de quatro anos), e da Câmara de Conselheiros (cujos 252 membros são eleitos para um período de seis anos). Existem mais de dez mil partidos políticos registrados. Os principais são o Liberal Democrático (Jiyu-Minshuto), que dominou a política japonesa a partir de meados do século 20; o Partido Socialista do Japão (Nihon Shakaito), e o Partido para um Governo Limpo (Komeito).


O Japão está dividido em 47 prefeituras, 43 das quais são ken (prefeituras propriamente ditas), uma (Tóquio) é um to (prefeitura metropolitana), outra (Hokkaido) é um do (distrito) e duas (Osaka e Kyoto) são fu (prefeituras urbanas).

 

O poder judiciário é independente do poder executivo e consta de um Supremo Tribunal, oito altos tribunais, um tribunal de distrito em cada prefeitura - com exceção de Hokkaido, que tem quatro - e numerosos tribunais para assuntos de menor importância.

 

 

Prefeituras do Japão

 

 

 

 

 

 

Fuji-san

O Gigante Adormecido

O mais famoso cartão postal do Japão

 

 

O Monte Fuji, ou Fuji-san como dizem os japoneses, é o mais alto e mundialmente conhecido ícone geográfico do Japão. Majestoso, sem nenhuma montanha por perto que lhe faça frente, pode ser avistado há várias dezenas de quilômetros dos mais diversos locais em dias de céu limpo.

 

Com 3.776 metros de altitude, o Fuji-san é, na realidade, um vulcão adormecido, tido como de risco mínimo. Embora pareça uma montanha única, ele é composto de diversos vulcões sobrepostos, que começaram sua erupções ainda no período Pleistoceno, entre 1.8 milhões de anos e 10 mil anos atrás. Atualmente, o único vulcão ativo do grupo é conhecido como Jovem Fuji, que começou a se formar entre 11 mil e 8 mil anos. O último registro de erupção do Jovem Fuji aconteceu há pouco mais de três séculos, em dezembro de 1707, quando uma violenta explosão criou a cratera Hoei, no flanco sudeste da montanha e, em 16 dias de atividade, lançou  à atmosfera cerca de 800 milhões de metros cúbicos de cinza, o equivalente ao volume de 425 mil piscinas olímpicas, causando vários desastres. A camada de cinza alcançou quatro centímetros de espessura em Tokyo (antiga Edo), a cerca de 100 km de distância do vulcão, enquanto nas áreas mais próximas a cinza superou os três metros de altura.

 

Localizado no centro da ilha da Honshu, entre Tokyo e Kyoto, o Monte Fuji está  dentro do Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu, que ocupa áreas nas províncias de Yamanashi, Shizuoka, Kanagawa e Tokyo. Este parque, com 1.218,5 km² de área, foi criado em 1936 e compreende o Monte Fuji, os Cinco lagos de Fuji, a cidade de Hakone, a Península de Izu e as Ilhas de Izu.
 

O Fuji em si, fica na confluência das Províncias de Shizuoka e Yamanashi, uma região que resume os contrastes do Japão atual, pois possui as maiores cidades do país na faixa costeira e, no interior, conserva os estilos de vida rural tradicional.

 

Três pequenas cidades rodeiam a montanha e servem de base para quem pretende escalar o Fuji-san: ao sul está Gotemba, com cerca de 85 mil habitantes e cuja altitude varia de 250 a 650 metros; ao norte está Fujiyoshida, que com aproximadamente 53 mil habitantes é a cidade mais alta do Japão, com cerca de 850 metros de altitude, e a sudoeste está Fujinomiya com estimados 122 mil habitantes e é o principal ponto de hospedagem para quem procura visitar a montanha.

 

Ao pé do monte há os Cinco Lagos Fuji. Eles têm instalações de esporte e parques de diversão, além de opções de lazer e turismo.

 

Além dos lagos, nos arredores do Fuji,  há belos lugares que devem ser visitados, como a Caverna de Vento Fugaku, a Caverna de Gelo Narusawa, o Mar de Árvores (uma antiga floresta, famosa porque nela muitos se perdem, e outros tantos se suicidam), o Fuji-Yoshida (uma tradicional base de peregrinos, com pousadas e cachoeiras para oração antes da subida) e o Sengen Jinja, um dos principais santuários da região, dedicado à divindade da montanha.

 

Escalando o Fuji-san

 

Considerado sagrado pelos japoneses, o Fuji-san já foi território proibido para os mortais comuns e apenas monges e peregrinos em vestes específicas podiam caminhar por ele. Mas, hoje, território livre, transformou-se na montanha mais visitada do mundo. Sagrado para os religiosos, curioso e desafiador para turistas e aventureiros que se animam a escalá-lo, todos os anos, durante o verão, entre os dias  01 de julho e 27 de agosto o Fuji-san está aberto para visitação, oferecendo total infra-estrutura turística. No resto ano, o risco é muito grande devido as condições climáticas desfavoráveis para a escalada. A temporada do verão de 2009 bateu todos os recordes, com 430 mil pessoas escalando suas encostas, 30% delas são estrangeiros. Outros milhões o observam a distância, especialmente das janelas dos trens-bala que cortam o país.

 

É preciso cumprir dez estágios para alcançar o ponto culminante. Cada estágio corresponde a uma estação de apoio ao visitante, pontos de parada com banheiros, locais de repouso, alimentação e socorro a eventuais emergências.  Quem já foi garante que não se trata de uma escalada fácil. Mas, é possível facilitar as coisas indo de ônibus ou carro até a  quinta estação, uma .

 

Mas dali em diante, é só caminhando mesmo, por uma das quarto rotas que levam ao cume (Fujinomiya-guchi, Subashiri-guchi, Gotemba-guchi e Kawaguchiko-guchi), com duração média de seis horas para subir e quatro para descer. A subida tem o grau de dificuldade acentuado em razão das cinzas vulcânicas que se deslocam sob os pés dos visitantes, dificultando a caminhada.De fato, as encostas mais altas do Fuji são formadas por cinzas vulcânicas soltas, sem vegetação ou rios. A ação da altitude sobre o organismo, também, é um fator que dificulta a escalada. A partir dos 3 mil metros, náuseas e dores de cabeça tornam-se mais freqüentes.

 

Há, ainda, aqueles que fazem a escalada toda a pé, dispensando o trem, o que aumenta a jornada em mais cinco horas em média. No início da escalada, é vendido um cajado de madeira que pode ser marcado em cada uma das paradas.

 

Perto do cume, a passagem por um portal xintoísta delimita a entrada na reta final, ou para os mais místicos, em um espaço sagrado próximo dos céus. Ao chegar lá em cima, preferencialmente de madrugada, o peregrino tem um tempo para fazer uma última meditação. E, finalmente, a renovação vital, ou, quem sabe, até uma experiência mística pode chegar junto com os primeiros raios do alvorecer. O espetáculo é único.

 

O cume da montanha é, na verdade, a borda da cratera do vulcão, e seu circuito completo leva quase uma hora.

 

A superação das barreiras físicas e do cansaço faz da subida uma verdadeira peregrinação.  Não há quem tenha visitado o topo do Monte Fuji que negue a maravilha que é chegar lá em cima, mas, também, que não admita o cansaço extremo causado pela experiência. Não é difícil entender porque um antigo ditado japonês diz que "Aquele que escala o Monte Fuji é um homem sábio. Aquele que o escala pela segunda vez é um tolo."

 

Há um outro ditado que diz que “o Monte Fuji parece lindo a distância,  mas, de perto, é um amontoado de pedras”. A vista que se tem de seu cume é maravilhosa, mas o monte em si, naquela parte, é só cascalho mesmo. Por isso, o que mais encanta as pessoas é o cenário que ele ajuda a compor com seu formato simétrico e seu pico nevado. Os diversos ângulos de observação da montanha inspiraram a produção das 36 vistas do Fuji, obra-prima do ukiyo-e de Katsushita Hokusai lançada em 1832.


 

 

CLIQUE AQUI

e sabia mais sobre Os Cinco Lagos Fuji e a Trilha de Yoshidaguchi para subir a Montanha

 

 

 

 

FUJI-SAN,

escalando o gigante adormecido

No vídeo acima, você vai assistir a uma escalada do Monte Fuji por um grupo de estudantes que aconteceu durante a noite com o objetivo de chegar ao cume ao nascer do sol e de lá assistir ao que é considerado uma das mais belas vistas do planeta, o nascer do sol do ponto mais alto aa Terra do Sol Nascente. Como se trata de uma caminhada longa, de muitas horas, o filme tem uma velocidade acelerada que dá um belo efeito e, principalmente, reproduz o que, de fato, acontece pois o volume de tráfego na montanha é intenso mesmo durante a temporada oficial de visitação que dura apenas dois meses, no verão, indo de 01 de julho a 27 de agosto de cada ano. Em 2009, 430 mil pessoas visitaram o Fuji-san, batendo todos os recordes de visitação.

 

FUJI-SAN,

chegando de carro à Quinta Estação

Já no filme abaixo, você vai poder ver uma viagem de carro que sai de Tokyo para chegar até a Quinta Estação do Monte Fuji, limite máximo de acesso motorizado à montanha. A paisagem é linda e o filme dá mesmo a sensação de se estar fazendo a viagem. Confira!!

 

 

Clique aqui e veja esses dois vídeos ampliados

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes: Enciclopédia Britânica
Wilipédia
Portal Japão
Embaixada do Japão no Brasil

Consulado do Japão

Japão: de suas origens à restauração Meiji - Danilo José Figueiredo

História do Japão: Francisco Handa

NetSaber

Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

Instituto Tomodati

 Jornal Nippo-Brasil

Terra Brasileira.net

Portal Japão

Rosa Sonno

Made in Japan

Jornal Hoje - Rede Globo

KBr

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Atualizado em: 09 novembro, 2013.