Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

Por Míriam Leitão

A Defensoria Pública da União recomenda ao IBGE que faça, com a máxima urgência, a contratação de serviço de táxi aéreo adequado para levar os recenseadoes até as comunidades indígenas ianômami e Wajãpi. E requisita que o IBGE informe sobre as providências tomadas em até cinco dias úteis.

A ação vem após nota aqui no blog, publicada no dia 3 de dezembro, que denuncia que mais de 50% da população ianomâmi corre o risco de não ser recenseada, pois o governo não quer ceder horas de voo de helicóptero para os recenseadores e são regiões montanhosas. O IBGE se programou para mandar os recenseadores por helicóptero, da mesma forma que se faz com a vacinação. O Ministério da Saúde prometeu oferecer algumas horas de voo que eles têm, mas na última hora disse que não daria. A solução foi programar uma contratação extra de helicóptero feita pelo IBGE, mas a procuradoria da Advocacia Geral da União deu um parecer contrário a essa contratação.

Na recomendação enviada ao presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, a defensoria afirma que o não recenseamento de toda a população indígena submeteria esses povos a "invisibilidade estatística e, portanto, ao agravamento de sua já notória condição de vulnerabilidade social, política e econômica, causando risco à sobrevivência desses povos". E, por isso, a licitação é dispensável, pois as comunidades estão expostas a garimpeiros.

A defensoria considera ainda que o atraso ou a não realização do censo nestas comunidades, causará prejuízo irreparável e comprometerá a segurança dos indígenas.

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