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Por Valor — São Paulo

O desmatamento do Cerrado entre agosto de 2021 e julho de 2022 cresceu 25,3% em relação ao período de 12 meses imediatamente anterior. Foi suprimida a vegetação nativa de 10.688,73 quilômetros quadrados, a maior área desde 2015, de acordo com dados do PRODES Cerrado divulgados nessa quarta-feira (14) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A maior concentração foi no Maranhão, que respondeu por 26,5% de toda a área desmatada. Em seguida ficaram Tocantins (19,9%), Bahia (13,4%) e Piauí (11,1%). Os quatro Estados representaram 71% do desmatamento do bioma e coincidem com a fronteira agrícola do Matopiba, onde ocorre forte avanço do cultivo de grãos nos últimos anos.

Dos 13 Estados do bioma, só houve queda do desmate em Rondônia e Mato Grosso, mas a contribuição dos dois é pequena. O PRODES Cerrado identifica desmatamentos ocorridos em áreas maiores que 1 hectare, independentemente da utilização subsequente dessas regiões.

Desde 2016, o desmatamento do Cerrado vinha se mantendo abaixo dos 10 mil quilômetros quadrados. O menor patamar foi alcançado em 2019 (com dados do segundo semestre de 2018 e do primeiro semestre de 2019), primeiro ano da presidência de Jair Bolsonaro (PL). Desde 2020, a devastação do Cerrado voltou a subir.

O Observatório do Clima ponderou que o governo atual foi o único a registrar três aumentos seguidos da taxa num mesmo mandato desde o início das medições, em 2001.

“Assim como na Amazônia, o desmatamento no Cerrado não parou de crescer, mais uma cortesia do desmonte ambiental do governo que se encerra. No Cerrado, a situação é preocupante porque o bioma já foi proporcionalmente mais devastado que a Amazônia”, disse Marcio Astrini, secretário executivo do observatório, em nota. Em 2022, o desmatamento na Amazônia chegou a 11.568 quilômetros quadrados.

“A maior parte do desmate ocorre em áreas privadas, e mesmo assim tem indícios de ilegalidade, segundo dados do MapBiomas. Estamos demolindo a caixa d’água do país, e nem as empresas de commodities, nem os mercados consumidores parecem incomodados com isso”, continuou.

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