Preso por cultos na pandemia, pastor canadense enfrenta julgamento final: “É loucura”

Artur Pawlowski também está devendo mais de 400 mil dólares ao governo do Canadá referente a mais de 40 multas.

Fonte: Guiame, com informações de Fox NewsAtualizado: sexta-feira, 27 de janeiro de 2023 às 15:42
Pastor Artur Pawlowski sendo preso pela polícia de Calgary, em 2021. (Foto: Reprodução/Fox News)
Pastor Artur Pawlowski sendo preso pela polícia de Calgary, em 2021. (Foto: Reprodução/Fox News)

O pastor canadense Artur Pawlowski agora vai enfrentar o julgamento final após três anos de detenções, prisões e multas por fazer cultos durante a pandemia por Covid-19.

O pastor da Igreja Cave of Adullam, na cidade de Calgary, que fica na província de Alberta, está devendo para o governo um valor aproximado a 400 mil dólares (equivalente a mais de 2 milhões de reais) por infringir regras e por fazer orações durante um bloqueio de caminhoneiros na fronteira entre EUA e Canadá.

O valor é equivalente a mais de 40 multas, incluindo a prisão domiciliar e todos os transtornos dos últimos anos, conforme explicou Pawlowski à Fox News Digital. Seu julgamento está marcado para 2 de fevereiro, na cidade de Lethbridge.

‘É loucura’

Pawlowski foi o primeiro pastor no Canadá a ser multado por “supostas violações” das regras impostas pelo governo durante a pandemia. “É loucura”, ele disse. 

Ele também criticou a nova premiê de Alberta, Danielle Smith, que segundo ele, discutiu sobre a possibilidade de haver uma anistia para o seu caso, mas que ela “retrocedeu”.

A anistia significaria o cancelamento de todas as multas emitidas ao pastor, como uma forma de “perdão” pela “ofensa política”. 

Ainda conforme a Fox News, o pastor pode pegar até 10 anos de prisão se for condenado pelas acusações decorrentes de sua participação no "Comboio da Liberdade” dos caminhoneiros, que aconteceu em Coutts. 

Preso por não cumprir regras durante a pandemia

O pastor conta que foi preso em casa e também passou 51 dias em prisões diferentes, onde alegou que as autoridades o trancaram numa cela pequena, deixando-o também numa ala psiquiátrica e tentando instigar outros internos a machucá-lo.

Ele disse que os presos se recusaram e que alguns até o procuraram em busca de orientação espiritual.

Atualmente, Pawlowski está em prisão domiciliar desde sua libertação da prisão, em abril do ano passado. Ele explicou que não pode sair de casa sem a permissão de seu oficial de condicional.

Sabe-se que o pastor concorreu a um cargo político e se tornou o líder do Partido da Independência de Alberta, em setembro de 2022.

‘Revigorou minha fé’

A forma como os pastores e líderes religiosos foram tratados durante a pandemia fez com que o senador americano, Josh Hawley, pedisse à Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA, em 2021, para considerar a adição do Canadá à sua lista de observação.

A Assembléia Legislativa do Estado de Ohio aprovou uma resolução pedindo o mesmo, em março de 2022, e milhares protestaram em consulados canadenses nos EUA durante a prisão de Pawlowski.

Mesmo com tudo o que viveu e ainda protestando contra a forma violenta como o governo tratou a Igreja durante a pandemia, o pastor vê a experiência de forma positiva. 
Pawlowski disse que “as provações ajudaram a ampliar o alcance de seu ministério” e que tudo isso revigorou sua fé. “O que lemos na Bíblia é realmente a verdade", ele concluiu.

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